Cientistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, criaram com sucesso um embrião de rato vivo a partir de células-tronco. Esta tecnologia genética pode ser aplicada para criar um embrião humano artificial no futuro, de acordo com afirmações de geneticistas reproduzidas pelo The Thelegraph. O resultado foi considerado um avanço significativo pela comunidade científica internacional.
A Universidade de Cambridge misturou dois tipos de células-tronco de camundongo e as colocou em um andaime 3D. Após quatro dias de crescimento em um tanque de produtos químicos projetados para simular as condições dentro do útero, as células formaram a estrutura de um embrião de rato vivo.
"Acreditamos que vá ser possível reproduzir a maioria dos eventos de desenvolvimento que ocorrem antes dos 14 dias usando células-tronco humanas e aproximação semelhante com a de rato", disse a professora Magdalena Zernicka-Goetz do Departamento de Psicologia, Desenvolvimento e Neurociência de Cambridge, que coordenou a pesquisa.
Até agora, cientistas usavam nos experimentos o excesso dos embriões humanos de operações de fertilização in vitro, onde espermatozoides e óvulo são combinados em laboratório. Mas tais embriões devem ser eliminados depois de duas semanas de desenvolvimento.
No entanto, tal trabalho científico levanta questões éticas importantes sobre como a ciência deve tratar da vida humana, se deve ser manipulada ou criada em laboratório. "O que me preocupa é a possibilidade de criação de embriões artificiais possa se tornar um caminho para a criação de bebês clonados", afirmou David King, diretor do grupo de vigilância Human Genetics Alert.
Necessidade de permissão para prosseguir
Os pesquisadores precisam pedir permissão da Autoridade de Fertilidade Humana e Embriologia (HFEA), antes de tentar criar embriões humanos artificiais usando a nova técnica genética. O cientistas pediram um "diálogo internacional" antes de prosseguir com as pesquisas.
"Um órgão regulador decidirá se os embriões humanos de células-tronco podem ser gerados e por quanto tempo eles podem ser deixados na placa de Petri", disse James Adjaye, diretor de Pesquisa de Células-Tronco e Medicina Regenerativa da Universidade Heinrich Heine, na Alemanha.
As informações são do The Telegraph
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