Seis dos 26 detentos que fugiram na madrugada deste domingo (15) da Penitenciária Estadual do Piraquara 1 (PEP 1) são considerados perigosos e fazem parte de uma lista de 39 integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) que a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp) havia pedido, há dez meses, para serem transferidos para presídios federais. No domingo (15) um muro foi explodido, houve rebelião e dois detentos acabaram mortos.
O secretário estadual de Segurança, Wagner Mesquita, reiterou nesta segunda-feira (16) que vai reforçar o pedido de remoção na terça-feira (17), quando secretários de segurança de todos os estados vão se reunir com o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, para discutir a crise carcerária.
“Nós vamos apresentar novamente uma lista de presos faccionados, que foram alvo da Operação Alexandria [que tinha como alvo o PCC]. Essa lista está há um ano sendo avaliada pelo Poder Judiciário, solicitando a transferência deles para presídios federais. Nós vamos reapresentar essa lista e solicitar a remoção dos alvos prioritários que compõem o crime organizado no estado do Paraná.”
A Sesp também classificou a fuga da PEP 1 como uma “ação orquestrada” para libertar presos do PCC. “Foi tudo uma ação de resgate. Um grupo de fora que tentou libertar os presos. A fuga em massa não aconteceu porque conseguimos reagir a tempo”, disse o diretor-geral do Departamento de Execução Penal do Paraná (Depen-PR), Luiz Alberto Cartaxo Moura. Ele reconheceu que a PEP 1 é um “reduto” do PCC no Paraná.
'Sumô' não conseguiu fugir
Dentre os presos que tentaram fugir, mas não conseguiram, está Ozélio de Oliveira, conhecido como Sumô ou Gardenal. Ele é considerado um dos líderes do PCC e está na lista dos 39 presos que a Sesp quer tirar de Piraquara. No domingo, ele tentou escapar da cadeia. Câmeras de segurança do presídio mostraram que ele machucou o pé e desistiu.
Documentos e conversas interceptadas pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF) em uma investigação de 2014, divulgados na semana passada, indicam que Oliveira, mesmo preso no Paraná. é um dos comandantes do PCC em Roraima – estado em que houve a chacina de 33 presos numa penitenciário no início deste ano. A chacina estaria relacionada à guerra entre a facção carioca Comando Vermelho e o PCC.
As informações são da Gazeta do Povo
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