A plataforma siberiana (cráton), que abrange a maioria do território da Sibéria, na Rússia, irá se agrupar à plataforma da América do Norte no futuro, e, daqui a 30 milhões de anos, as ilhas do Japão vão se juntar com o território da Rússia, reiterou à agência de notícias Sputinik nesta segunda-feira (26) o diretor do Instituto de Estudos da Crosta Terrestre de Irkutsk, Dmitry Gladkochub.
"Os resultados, modelos e elaborações, obtidos por nós, permitem-nos prever o deslocamento dos continentes em um futuro geológico distante. A previsão para os próximos 250 milhões de anos já foi feita. A plataforma siberiana irá se deslocar novamente para junto da região norte da América, ou seja, completará mais uma vez o ciclo supercontinental, formando-se, assim, um novo supercontinente", detalhou Dmitry Gladkochub, durante conferência acadêmica da Academia de Ciências da Rússia, realizada na Sibéria.
Gladkochub acrescentou que, há mais de um bilhão de anos, a Sibéria e a América do Norte eram um enorme continente, cuja área ultrapassava 25 milhões de quilômetros quadrados. O supercontinente em questão, conforme o geólogo, era o núcleo do planeta, pois, ao seu redor, estavam todos os outros supercontinentes formados do período pré-cambriano.
Separação há 600 milhões de anos
Segundo Gladkochub, há cerca de 600 milhões de anos, a plataforma siberiana se separou da América do Norte, causando a "abertura" do oceano paleo-asiático, quando começaram os processos geológicos que resultaram no deslocamento dos atuais continentes da Terra.
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