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Prova do Enem exige interpretação, raciocínio e paciência

A menos de uma semana para prova, o semblante da estudante Bárbara Letícia Colauto Bedin, de 17 anos, é de tranquilidade. Aprovada em 1ª lugar para o curso de Agronomia no Vestibular de Inverno da Universidade Estadual de Maringá (UEM), ela já entendeu o

Da Redação

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Estudantes se preparam para o Exame Nacional do Ensino Médio, que será neste fim de semana. Foto: Delair Garcia
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Estudantes se preparam para o Exame Nacional do Ensino Médio, que será neste fim de semana. Foto: Delair Garcia
Escrito por Da Redação
Publicado em 31.10.2016, 08:31:00 Editado em 31.10.2016, 17:31:38
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A menos de uma semana para prova, o semblante da estudante Bárbara Letícia Colauto Bedin, de 17 anos, é de tranquilidade. Aprovada em 1ª lugar para o curso de Agronomia no Vestibular de Inverno da Universidade Estadual de Maringá (UEM), ela já entendeu o que precisa fazer para garantir um bom desempenho e não se assusta com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que acontece no próximo final de semana. “O Enem não é difícil, mas exige interpretação e raciocínio”, avalia Bárbara, que fez a prova no ano passado.

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A futura estudante de agronomia comenta que as questões do Enem, além de interpretação e raciocínio, exigem também paciência, porque são extensas. As colegas Luana Marques, 17, e Camila Rodrigues, 16, que se prepararam para fazer o Enem no próximo sábado, não têm a mesma tranquilidade. Por outro lado, estudam diariamente para garantir uma boa pontuação. Afinal, a nota do Enem é a porta de entrada para várias universidades, que adotaram o resultado do exame como critério de seleção.

Luana almeja uma vaga para Engenharia Civil na UEM, mas ficará satisfeita com uma cadeira na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus de Apucarana, que aderiu a nota do Enem como forma de seleção dos alunos. “Estudo, me média, de duas a três horas por dia. Também gosto de ler os conteúdos antes de dormir”, revela. Já o sonho da estudante Camila é passar na seleção de Engenharia Elétrica na UTFPR. 

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“Também estudo cerca de 3 horas por dia e gosto de fazer resumos dos conteúdos”, comenta. Aliás, resumo é apontado pelas estudantes como uma forma de “fixar” as informações, em especial, quando se trata de textos referentes a área de humanas. Quando o assunto são as disciplinas da área de Exatas, as estudantes focam nos exercícios. “Para mim, os exercícios ajudaram muito, porque quando surgia uma dúvida e depois eu tirava com o professor não esquecia mais”, afirma Bárbara. Em Biológicas, elas apostam tanto no resumo quanto nos exercícios. E como regra, as estudantes do ensino médio têm ainda o hábito de fazer provas anteriores tanto do Enem quanto das universidades que desejam prestar vestibular. 

Provas anteriores
O professor Olavo César Guides Pinheiro, que é coordenador de cursinho pré-vestibular há 20 anos, garante que a técnica está correta. “No caso do Enem, que tem características próprias, o aluno, ao fazer uma prova anterior, tem a oportunidade de conhecer suas especificidades”, diz. Entre as características da prova, professor Olavo destaca a preferência por textos mais longos, o que exige paciência do estudante. “Por isso, ao fazer a prova, o aluno vai perceber também o tempo que gasta, para resolver cada questão, em média”, reforça. Leitura diária é essencial para uma boa redação Temida pela maioria dos 8,6 milhões de inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a redação é item obrigatório e exige leitura. Aliás, leitura diária, segundo o professor de língua portuguesa, Pedro Zumas, de Apucarana. Outro ponto a ser observado é que o Enem abriu um novo padrão de proposta de teste. 

“Não se valoriza mais a decoreba, mentalizar fórmulas, regras, o negócio é saber aplicar todo esse aprendizado na prática. Os examinadores imaginam, têm certeza, de que os alunos conhecem todas as regras de acentuação, concordância, regência, sintaxe, enfim, carregam consigo tudo aquilo que “aprenderam” nos anos de escola”, comenta. Na avaliação do professor, as provas de Português agora são um desafio e aí estão as “pegadinhas”. “Os examinadores estão seguros de que o candidato conhece as regras. Agora querem saber se ele sabe ler, interpretar, entender e aplicar seu conhecimento na prática. Os testes são multidisciplinares”, frisa. E claro, a língua portuguesa também é multidisciplinar. “Interpretar, interpretar, entender é o caminho para o sucesso. 

O Enem quer um candidato que saiba ler e entender o que está explícito ou está por detrás da mensagem – é o truque que se transforma em “armadilha” para os mais desavisados”, observa. Sobre o tema da redação propriamente dito, Zumas avalia que é difícil apostar em algo específico, como a turbulência política atual. “Será que essa história vai aparecer? Pode? É claro que pode. É certeza? Não se sabe, as provas são preparadas com muita anterioridade, pode ser que até nada disso apareça. É incerto”, afirma. Por outro lado, o professor defende que o aluno que tem a leitura como hábito não terá grandes dificuldades. “Nenhuma redação será difícil para quem leu na vida. O texto dissertativo-argumentativo exige do candidato conhecimento. O examinador quer que o candidato veja, analise e exponha o que pensa, sustentando uma argumentação”, resume.

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