Após uma semana sem propostas, bancários e Febraban, associação que representa os bancos, vão participam hoje de uma nova rodada de negociação salarial em uma tentativa de por fim à greve da categoria. A última conversa ocorreu no dia 15 de setembro e a greve chega hoje ao 22ª dia, um a mais que no ano passado, quando o movimento foi encerrado no 21º dia. Na região, a paralisação dos bancários atinge 40 agências localizadas em 10 municípios.
É a maior adesão do movimento registrada nos últimos anos no Vale do Ivaí, segundo a presidente do Sindicado dos Bancários de Apucarana e Região, Maria Salomé Fujii. Os bancários pedem reajuste salarial de inflação (9,62%) mais aumento real de 5%. A Fenaban oferece aumento de 7% mais o pagamento de um abono de R$ 3.300. Essa proposta dos bancos foi apresentada ainda no começo da greve, dia 9 de setembro, e foi considerada insuficiente pela categoria.
A sindicalista afirma que o movimento espera que a Fenaban avance com a proposta.
No ano passado, a greve rendeu aumento real de 0,11%. “Não vamos retroceder nas nossa reivindicações, mas por enquanto temos que esperar pelas propostas”, diz. Na região, a greve foi deflagrada inicialmente nos municípios maiores – todas as 21 agências de Apucarana e Arapongas estão fechadas desde o dia 6 de setembro – e foi sendo ampliada. O movimento fechou agências também em Ivaiporã, Faxinal. Califórnia, Jandaia do Sul, Borrazópolis, São Pedro do Ivaí e São João do Ivaí. Até a última sexta-feira, os bancários haviam fechado 13,4 mil agências em todo o país, o equivalente a 57% dos pontos, segundo relato da Contraf (confederação que representa os trabalhadores do setor financeiro).
TRANSTORNOS
Os transtornos mais significativos para a população devem começar agora. Nesta segunda, o INSS iniciou o pagamento dos benefícios de setembro aos segurados que recebem até um salário mínimo. Na prática, a maior parte dos serviços bancários é realizada digitalmente pelos clientes, especialmente nos grandes centros urbanos, o que diminui o impacto da greve no dia a dia das pessoas. (COM FOLHAPRESS)
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