Artigo publicado na revista Monthly Notices of the Royal Academy of Sciences revela que astrônomos russos e da comunidade científica internacional conseguiram medir pela primeira vez a distância até ao pulsar 2S 1553-542, situado na "parte de trás" da nossa galáxia e que se apurou ser uma das estrelas de nêutrons da Via Láctea mais distantes da Terra.
As análises apontaram que trata-se de uma estrela dupla, constituída por um pulsar e uma gigante azul espalmada com forma de um ovo, mas deformada por causa de sua grande velocidade de rotação. De acordo com Aleksandr Lutovinov, cientista do Instituto de Estudos Espaciais da Academia de Ciências da Rússia, tais objetos celestes são cefeídas, uma espécie de "farol espacial" que permite avaliar distâncias espaciais devido ao caráter das suas pulsações.
Utilizando as coordenadas precisas do pulsar, os astrônomos conseguiram detectar cinco estrelas no local onde se prevê que esteja o pulsar. A equipe de Lutovinov conseguiu "decifrar" as caraterísticas espectrais de todas as cinco estrelas e encontrar uma entre elas com as características correspondentes.
DISTÂNCIA ATÉ PULSAR
Descobrindo a estrela, os cientistas conseguiram calcular a distância até ao pulsar. Ela é significativamente muito grande – a estrela fica a 65-78 mil anos-luz da Terra no lado oposto da galáxia, num dos extremos da constelação de Sagitário. É o pulsar e estrela dupla de raio X mais distante que os cientistas conhecem até agora.
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