​Pesquisa descobre genes responsáveis pelo tempo que uma pessoa permanecerá estudando

Uma pesquisa realizada por mais de 250 cientistas do mundo descobriu 74 variantes genéticas responsáveis pelo número de anos que uma pessoa permanecerá estudando, sendo estas intimamente relacionadas ao desenvolvimento do encéfalo, principalmente enquanto no útero.

De acordo com o The Guardian, a equipe analisou os genomas de aproximadamente 300 mil europeus, procurando genes associados ao tempo investido na educação. Tendo encontrado 74, os cientistas verificaram-nos em 111 mil pessoas cujo DNA estava armazenado no Biobanco do Reino Unido (UK BioBank). Quando os resultados foram agrupados, foram encontradas 162 variantes ligadas ao tempo de estudo.

Os pesquisadores então criaram um sistema de avaliação poligênica baseada nas nove milhões de sessões de DNA analisadas, descobrindo que esta explicava 3% da variação do tempo de permanência em escolas e faculdades, número que aumentou para 6% quando os dados do Biobanco do Reino Unido foram incluídos.

Os cientistas acreditam que, com mais estudos, o sistema de avaliação poligênica pode ser aprimorado, sendo eventualmente utilizado para aperfeiçoar a educação. Através da análise genética dos futuros estudantes, os professores poderão desenvolver métodos de ensino mais eficazes para o aluno.

Entretanto, deve-se notar que a genética não é o único fator que influência no tempo de permanência na escola, sendo esta responsável por uma pequena parte do processo. Outros agentes, tais como a criação, experiências sociais, bem como outros fatores atuam em conjunto para definir a personalidade e consequentemente o tempo investido na educação.