A Polícia Civil confirmou neste sábado (2) a prisão de um homem de 28 anos suspeito de atear fogo em sua própria companheira. O rapaz estava internado com as mãos queimadas em um hospital no bairro Bigorrilho e foi localizado por uma equipe policial da Delegacia da Mulher.
De acordo com a polícia, a vítima ainda está internada no mesmo local, em estado grave, com aproximadamente 70% do corpo queimado. As investigações tiveram início, após a especializada tomar conhecimento que uma mulher de 48 anos havia chegado em estado grave ao hospital, vítima de queimaduras causadas por um homem.
A polícia suspeitou desde o princípio que se tratava de uma situação de violência doméstica. Ao ouvir testemunhas, a polícia apurou que o casal brigava com frequência e que o suspeito já teria até ameaçado a companheira de morte. “Inclusive, há um relato, de que há duas semanas ele teria corrido atrás da vítima dizendo que a mataria”, falou a delegada-titular da unidade, Sâmia Coser.
Uma testemunha, que estava no local no momento do crime, afirmou com convicção que o homem jogou álcool combustível e ateou fogo no corpo da mulher. Disse ainda, que essa mesma versão foi relatada pela vítima. “No início a mulher se manifestava através de gestos confirmando que as lesões em seu corpo foram causadas pelo companheiro. Assim que soube da prisão do homem, um dia após o crime, ela demonstrou tristeza e quis negar, novamente através de gestos, que ele tinha sido o responsável”, ressaltou Samia.
A delegada falou ainda que a conduta de negação, é, relativamente, comum nos casos de violência doméstica. Seja por medo ou por sentimentos da vítima pelo companheiro, apesar da gravidade do que ele fez.
O rapaz nega a autoria do crime, porém tentou fugir desde que chegou no hospital, além de ter feito novas ameaças a vítima, conforme testemunhas do hospital. Ele responderá pelo crime de lesão corporal gravíssima caso ela sobreviva, podendo pegar até 8 anos de prisão. Caso a vítima venha a falecer, ele responderá por lesão corporal seguida de morte, se condenado poderá pegar mais de 12 anos de prisão.
As investigações continuam com o intuito de ouvir outras testemunhas que possam auxiliar na conclusão deste inquérito. O suspeito está à disposição da Justiça.
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