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Inflação fecha 2015 com alta de 10,67%, a maior desde 2002

Sob pressão dos preços da energia elétrica, gasolina e dos alimentos, a inflação oficial do país, medida pelo IPCA, fechou 2015 com uma alta de 10,67%, bem acima do teto da meta do governo, de 6,5%. Os principais impactos no ano foram nos setores de preço

Da Redação

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Aumento passa a valer a partir de hoje. (Foto: Sérgio Rodrigo)
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Aumento passa a valer a partir de hoje. (Foto: Sérgio Rodrigo)
Escrito por Da Redação
Publicado em 09.01.2016, 08:56:00 Editado em 27.04.2020, 19:53:47
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Sob pressão dos preços da energia elétrica, gasolina e dos alimentos, a inflação oficial do país, medida pelo IPCA, fechou 2015 com uma alta de 10,67%, bem acima do teto da meta do governo, de 6,5%. Os principais impactos no ano foram nos setores de preços administrados e dos alimentos. Foi a maior escalada do IPCA desde 2002, quando foi de 12,53% em meio às incertezas do mercado financeiro sobre como seria um futuro primeiro governo do PT. Os dados foram divulgados pelo IBGE ontem.

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Trata-se da primeira vez que a inflação supera o teto da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) desde 2003, o primeiro ano do governo Lula. Isso só havia ocorrido em outras duas vezes, em 2001 e 2002.

No mês de dezembro, a inflação foi de 0,96% -próximo do resultado de de novembro (1,02%) e de dezembro do ano passado (0,78%). Foi a maior alta para meses de dezembro desde 2002 (2,10%). Com o IPCA acima do teto da meta, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, terá que publicar uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, neste início de ano, explicando por que falhou. O mercado especula agora se o BC vai elevar os juros básicos (Selic), hoje em 14,25% ao ano, na sua primeira reunião do ano, neste mês. O brasileiro sofreu no ano passado um aumento generalizado de produtos e serviços que compõem o custo de vida. Para especialistas, os preços administrados pelo governo estão entre as principais razões da escalada da inflação neste ano. 

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São produtos e serviços como energia elétrica (51%), gasolina (20,10%) e taxa de água e esgoto (14,75%). Esses preços são estabelecidos direta ou indiretamente pelos governos. No gasolina, por exemplo, via Petrobras. Eles estavam represados nos últimos anos para evitar uma inflação maior e foram liberados no ano passado no processos de ajuste da economia. “O grande pecado estava no controle de preços da gasolina e da energia elétrica, sobretudo este último. Houve a queda forçada da energia elétrica em 2013, via medida provisória. Depois veio a seca e precisaram desfazer tudo”, disse o Leonardo França, economista da Rosenberg Associados. Só a energia elétrica e combustíveis foram responsáveis por 24% da inflação do ano, segundo o IBGE.

Alimentos tem alta de mais de 12%
Com grande peso na cesta de consumo das famílias brasileiras, o grupo de alimentos subiu assim 12,03% no ano e exerceu um impacto de 3 pontos percentuais no IPCA. Além do câmbio, os alimentos foram impactados por um regime climático adverso em algumas regiões do país. Entre os alimentos que mais subiram no ano, os destaques foram cebola (60,61%), tomate (47,45%), batata-inglesa (34,18%) e o feijão carioca (30,38%), todos produtos importantes nas mesas das famílias brasileiras. Já os alimentos que mais impactaram na inflação - porque tem um peso maior no cálculo do IPCA - foram as carnes. A alta foi de 12,48%, já o impacto no índice foi de 0,36 ponto percentual. O segundo lugar dentre os maiores responsáveis pela alta da inflação foi o pão francês, que representou 0,14 ponto percentual no índice, com uma alta de 12,05%. Os alimentos não subiam tão fortemente desde 2002 (19,47%), ano também marcado por uma forte valorização

Fonte- Folhapress

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