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15 milicianos são presos no Rio com 12 fuzis, 2 granadas e mais de 1.500 munições

Pelo menos quinze milicianos foram presos em uma operação conjunta da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Militar e da Polícia Civil na madrugada desta quinta-feira, 7, no Rio de Janeiro. Os paramilitares estavam em quatro carros que foram interc

Roberta Jansen (via Agência Estado)

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Escrito por Roberta Jansen (via Agência Estado)
Publicado em 07.03.2024, 17:18:00 Editado em 07.03.2024, 17:23:20
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Pelo menos quinze milicianos foram presos em uma operação conjunta da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Militar e da Polícia Civil na madrugada desta quinta-feira, 7, no Rio de Janeiro. Os paramilitares estavam em quatro carros que foram interceptados pelos policiais na Avenida Brasil, na altura do viaduto Engenheiro Oscar de Brito, em Campo Grande, na zona oeste.

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Houve troca de tiros. Seis milicianos foram baleados e levados sob custódia para unidades de saúde. Um homem do bando conseguiu fugir.

Durante a operação foram apreendidos 12 fuzis, sete pistolas, 58 carregadores de fuzil, duas granadas e mais de 1.500 munições. Uma das pistolas recolhidas, uma Glock G22, apresenta o brasão da polícia de Miami, nos EUA, - algo inédito entre as apreensões de armas feitas no Rio de Janeiro, segundo informou a polícia. Os carros usados pelos paramilitares (roubados e clonados) também foram apreendidos, bem como vários coletes à prova de balas semelhantes aos usados por policiais.

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Os milicianos presos - oito deles já tinham passagem pela polícia - seriam integrantes do grupo de Rui Estevão, conhecido como Pipito, apontado como sucessor de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, nas comunidades de Urucânia e Antares, em Santa Cruz. Zinho era o chefe da milícia na região e está preso desde o dia 24 de dezembro do ano passado, quando se entregou à polícia. Desde então há uma intensa disputa entre grupos criminosos por suas áreas de atuação, que já deixou vários mortos.

A despeito do tiroteio que provocou, a operação de interceptação dos carros, feita após meses de investigação, é considerada uma mudança na forma de atuação das forças de segurança do Rio - normalmente baseada em grandes operações dentro de comunidades, sem alvos específicos. Neste tipo de operação, escolas e postos de saúde são fechadas e, muitos vezes, leva pânico à população.

"Desde o início do ano passado ampliamos nossa interlocução com agentes do Estado e a nossa capacidade de inteligência, com a transferência de agentes de inteligência para o Rio de Janeiro", contou o superintendente da PRF no Rio, Vítor Almada. "Com isso, conseguimos executar uma ação mais cirúrgica, minimizando o impacto para a sociedade. Vamos continuar trabalhando neste padrão."

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O secretário de Polícia Civil do Rio, delegado Marcus Vinícius Amin, também usou a palavra "cirúrgica" para descrever a operação. "Foi uma ação cirúrgica, muito difícil de ser executada, porque ocorreu num local densamente povoado num horário em que já há um fluxo significativo de carros", afirmou. "Mas foi um golpe expressivo na milícia pelas prisões desses caras que são o braço operacional da milícia, os puxadores de guerra, e também pelas apreensões que causaram um impacto no arsenal bélico deles."

A interceptação dos carros do "bonde da milícia" ocorreu às 4h30. A Avenida Brasil, uma das mais importantes para o trânsito na cidade, ficou interditada por cerca duas horas. Por causa do tiroteio, muitas pessoas abandonaram seus carros e buscaram refúgio.

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