Cerca de 57 funcionários da obra do contorno de Arapongas, contratados pela empresa Societá Construtora, terceirizada pela concessionária Viapar, receberam os salários atrasados na última sexta-feira (17). A informação foi confirmada nesta terça-feira pela concessionária.
Na última semana, os trabalhadores se reuniram em frente a praça do pedágio de Arapongas para cobrar o pagamento de salários atrasados e direitos trabalhistas, já que a empresa Societá havia dispensado os funcionários sem realizar nenhum acerto. Fornecedores de transporte e alimentação que firmaram contrato com a empresa também estavam sem receber. Por conta da situação, os trabalhadores da obra do contorno da cidade chegaram a tomar a praça do pedágio de Arapongas e liberar as cancelas por duas vezes.
Segundo a assessoria da Viapar, o pagamento foi realizado diretamente aos funcionários da Societá através de um acordo feito entre a terceirizada e a concessionária. Uma parcela que seria creditada a empresa pelos serviços prestados na obra, foi direcionada para a realização dos pagamentos. A Viapar informou ainda que os problemas trabalhistas permanecem com a Societá e que apenas viabilizou o andamento das obras colaborando com o terceirizados.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada no Estado do Paraná (Sintrapav) de Maringá, Marcos Vinícius Canovas, todos os 57 funcionários da obra receberam salário, cesta básica e adiantamento de salário. "O pagamento foi realizado pela Viapar na última sexta-feira (17), depois de um acordo com a empresa responsável pelas contratações. A rescisão dos trabalhadores ainda está pendente porque a empresa Societá continua com o contrato, só não está trabalhando. Ainda faltam os pagamentos do pessoal da capa asfáltica, estamos conversando com a empresa Societá e com a Viapar pra ver como vai ficar a situação desses cerca de 20 trabalhadores", informou o sindicalista.
Através de sua assessoria, a Viapar informou que o cronograma da obra do Contorno de Arapongas não será prejudicado em razão da questão envolvendo o contrato com a empresa Societá. Também informou que ainda se encontram pendentes de liberação de áreas em quatro processos judiciais e dois processos administrativos em que a concessionária ainda não pode ajuizar as ações em razão de que os mesmos se encontram pendentes junto ao DER. Sobre o andamento das obras, a concessionária garante que considerando as obrigações contratuais assumidas pela Viapar, Estado e empresas contratadas pela Viapar para a execução das obras, "a concessionária encontra-se tomando todas as medidas de forma a cumprir as suas obrigações e entregar esta obra aos usuários de rodovias".
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