O presidente da Câmara de Vereadores de Arapongas, Osvaldo Alves dos Santos, o Osvaldinho (PSC), foi preso nesta sexta-feira (18), a exatos três meses depois do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), ter cumprido mandados na casa dele e escritórios ligados a ele para apurar ilícitos envolvendo jogos de azar – ‘jogo do bicho’ na cidade. Para o Ministério Público do Paraná (MP-PR), ele continuou com a prática e tentava atrapalhar as investigações.
“Nós identificamos que ele continuava praticando as atividades ilícitas – referentes à primeira operação com as investigações, setembro e com a continuação das novas práticas delitivas nós requeremos a decretação da prisão preventiva e os argumentos convenceram a juíza decretou a prisão preventiva dele”, explica o promotor do Gaeco, Jorge Fernando – responsável pela operação.
O Gaeco ressalta não haver novidades no caso investigado envolvendo o presidente da Câmara de Arapongas. “Obviamente nós continuamos a investigação em relação a recuperação do patrimônio dele a partir de ilícitos e de setembro para cá, ele teria continuado a frente do esquema do ‘jogo do bicho’ em Arapongas”, diz Jorge Fernando.
As investigações indicam que Osvaldo seguiu acumulando vantagens mesmo depois da operação do Gaeco. “Estava atuando para esconder o patrimônio e evitar a descoberta do procedimento pelo Ministério Público.
Osvaldo só pode ser liberado da cadeia, caso haja a revogação da prisão preventiva expedida pela comarca de Arapongas, ou mesmo através de Habeas Corpus por decisão do Tribunal de Justiça.
Osvaldo está preso em Londrina porque, segundo o promotor, a cadeia pública de Arapongas não teria condições de recepcioná-lo, neste momento. “Então ele foi detido em Arapongas e encaminhado para Londrina.
As investigações envolvendo Osvaldo iniciaram em março de 2019, quando foram apreendidos equipamentos de caça-níqueis e de jogo do bicho em bares de Arapongas, além de documentos e R$ 517 mil em dinheiro na casa dele.
Em 18 de setembro desse ano, Osvaldo foi o alvo principal da operação que o acusou de chefiar grupo criminoso, segundo o Gaeco, formado para explorar jogos de azar. Na ocasião foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Arapongas.
Da redação
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