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VIOLÊNCIA NA ESCOLA

Polícia Civil pede internamento temporário de menor em Arapongas

Em depoimento, adolescente negou que estivesse com arma de fogo; pedagogas, no entanto, disseram que garoto sacou revólver

Da Redação

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Segurança foi reforçada  nesta quinta-feira no Colégio Irondi Pugliesi
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Segurança foi reforçada nesta quinta-feira no Colégio Irondi Pugliesi
Escrito por Da Redação
Publicado em 30.03.2023, 14:29:39 Editado em 30.03.2023, 18:09:18
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O menor de 16 anos apreendido nesta quarta-feira (29) em Arapongas após ameaçar, segundo testemunhas, um colega com uma arma de fogo no Colégio Estadual Irondi Pugliesi segue apreendido em uma sala na 22ª Subdivisão Policial (SDP). O delegado Bruno Delfino Sentone, responsável pelo procedimento especial de apuração de ato infracional, pediu o internamento provisório do aluno, o que deverá ser agora decidido pelo Poder Judiciário. O adolescente, no entanto, nega que estivesse armado.

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Nesta quinta-feira (30) à tarde, o adolescente deve ser ouvido no Ministério Público (MP), segundo informou ao TNOnline o delegado-chefe da 22ª SDP, Maurício de Oliveira Camargo. Após manifestação do MP, o caso vai para análise do juiz da Vara da Infância e Juventude e Anexos da Comarca de Arapongas.

-LEIA MAIS: Após ameaça com arma em colégio, famílias cobram segurança; veja

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Segundo o delegado, o menor negou em depoimento que estivesse armado. A versão dele contradiz a afirmação de duas pedagogas que presenciaram a ameaça e do outro adolescente envolvido, que garantiram que o aluno sacou uma arma da mochila, aparentemente um revólver calibre 38.

“O menor confirma o desentendimento com outro adolescente, mas nega que estivesse armado. Ele afirma que até franqueou a entrada da casa para os policiais, que não encontraram a arma que teria sido usada na ameaça, conforme afirmação unânime das pedagogas que estavam na sala naquele momento”, afirma o delegado-chefe.

Nenhuma arma foi encontrada pela Polícia Militar durante a vistoria na residência do menor. Segundo o delegado, o adolescente não tinha nenhuma passagem pela polícia em Arapongas. “Ainda que sem a materialidade da arma, a prova testemunhal foi suficiente para que o delegado responsável pelo procedimento apresentasse o pedido de internamento provisório, que agora será apreciado pelo Judiciário”, assinala, acrescentando que o menor foi enquadrado pelos crimes de porte ilegal de arma e ameaça.

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O delegado explica que apreensão atual tem validade de cinco dias até decisão do juiz da Vara da Infância. Caso o magistrado aceite o pedido de internamento provisório, que tem prazo de 45 dias, o caso precisará ser julgado dentro desse prazo. Se condenado, ele pode ficar até três anos internado em um centro de socioeducação.

Maurício explica que o menor está em uma sala específica para adolescentes na 22ª SDP, recebendo visitas do pai, que acompanhou o depoimento do filho. O delegado admite que o caso ganhou muita repercussão, principalmente por ocorrer logo após a tragédia em São Paulo, onde um adolescente de 13 anos matou uma professora e feriu outras quatro pessoas em uma escola.

“Foi um caso muito grave, evidentemente, que ganhou as redes sociais. Tanto é que polícia encaminhou o pedido de internamento temporário, que é uma forma de proteger, inclusive, o menor, diante de toda repercussão”, completa.

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A AMEAÇA

O caso foi registrado no final da manhã desta quarta-feira no Colégio Estadual Irondi Pugliesi, no Conjunto Palmares. Segundo nota da Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR), a situação de ameaça ocorreu durante uma conversa na sala das pedagogas após dois estudantes serem retirados de sala devido a uma discussão.

“Um dos alunos envolvidos sacou uma arma da mochila e ameaçou o estudante na frente das profissionais, que conseguiram acalmá-lo”, diz a nota da Seed-PR. Nenhum disparo foi efetuado, ainda segundo a Secretaria de Educação, e o adolescente de 16 anos se evadiu. “A PM foi acionada, apreendeu o menor nas imediações e a segurança no local foi reforçada”, diz a secretaria.

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A Patrulha Escolar, da Polícia Militar (PM), informou que foi acionada no final da manhã de quarta-feira (29). A PM enviou uma equipe de apoio ao colégio, inclusive com a presença do helicóptero do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA).

Segundo a PM, os dois alunos foram levados para a sala das pedagogas após uma discussão durante a aula. Ao tentar levar a dupla a sala da diretoria, o aluno saiu das dependências da escola e retornou cinco minutos depois.

Neste momento, ele iniciou a ameaça verbal ao outro adolescente e, então, teria sacado arma de fogo que estava em sua mochila. Acalmado pelas pedagogas, ele abandonou a escola.

A PM fez rondas e localizou o menor em frente à residência dele. Os policiais vistoriaram a casa e não encontraram a arma. O adolescente negou em depoimento que estivesse armado na escola e disse também que não chegou a retornar ao colégio depois da discussão na sala das pedagogas.

Por Fernando Klein

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