A inauguração do Contorno Rodoviário de Jandaia do Sul, no norte do Paraná, reacendeu a discussão acerca da demora na construção do Contorno Rodoviário de Arapongas. A obra é a única não concluída entre os três contornos previstos no acordo judicial firmado com a Viapar, homologado em 2021. O Contorno de Peabiru foi liberado para o tráfego já no final de 2022 e o de Jandaia do Sul entregue na quinta-feira (13).
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O prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre (PSD), classifica a situação como “má vontade” da concessionária em realizar a obra. De acordo com ele, os terrenos onde o contorno será construído já foram desapropriados e a empresa já recebeu pela obra. “A Viapar já recebeu esse contorno. A empresa alega que teria direito a um reequilíbrio da tarifa da época, mas para provar isso, a empresa tem que fazer o contorno”, afirma o prefeito.
Segundo o prefeito, o caso está na Justiça Federal e não cabe mais recursos. “Não tem mais por onde a Viapar recorrer, perdeu todos os recursos. Agora é só o juiz determinar. O secretário de estado de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, disse que vai procurar o juiz. Se for preciso eu também vou. Vamos fazer um mutirão para esse contorno sair”, afirmou.
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Durante a entrega do Contorno de Jandaia, na quinta-feira (13), o governador Ratinho Junior (PSD) disse que o caso está adiantado. “Estamos agora em negociação com a Justiça para o Contorno de Arapongas. A empresa entende que uma parte do pagamento da desapropriação onde vai passar o contorno tem que ser do Estado. O Estado entende que uma parte é do Estado, mas a Justiça tem que dizer qual é a parte que cabe ao Estado fazer a desapropriação. Estamos bem adiantados com a Justiça, existe um juiz específico cuidando desse caso para que a hora que os ajustes a determinar, que possa fazer esse entendimento entre as partes e consiga prosseguir com o contorno de Arapongas, que também é uma obra importante”, assinalou.
A reportagem entrou em contato com a Viapar e aguarda resposta.
ENTENDA
A obra do Contorno de Arapongas estava prevista no antigo contrato de pedágio e deveria ter sido concluída mesmo após o fim da concessão por conta de um acordo judicial entre o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) e a concessionária Viapar. O acordo foi homologado pela Justiça Federal ainda em 2021, com parecer favorável do Ministério Público Federal, e previa conclusão das obras em dois anos, portanto, no final de 2023. Mas a obra está paralisada até o momento.
Com extensão de 10 quilômetros, o projeto do contorno viário inclui pistas duplas e acostamento em toda extensão, tendo início na BR-369, KM180+000 (praça de Pedágio) e fim na BR-369, KM189+000 (início da duplicação), contemplando seis viadutos, com investimento de mais de R$ 100 milhões.
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