Em breve os ciclistas que fazem o circuito da BR-369 entre Apucarana e Arapongas, no norte do Paraná, terão um novo ponto de apoio para descansar e também exercitar a fé. Uma gruta de Nossa Senhora do Ghisallo, a padroeira dos ciclistas, está sendo construída bem em frente à Igreja da Paróquia Senhor Bom Jesus, no Distrito de Aricanduva, em Arapongas.
O espaço terá um quadro com a imagem da padroeira - pintado por um artista araponguense - onde os visitantes poderão fazer suas orações. Além disso, o ponto servirá como apoio com bebedouros, bancos para descanso, bicicletário e até ferramentas para manutenção de bicicletas. A expectativa é que a obra seja concluída em agosto deste ano e entre na rota dos ciclistas atraindo adeptos da região e de todo o Estado.
A ideia partiu do padre Lino Batista, pároco da igreja, que observou um grande fluxo de praticantes do esporte que passam por aquela região. “O ponto de apoio é um lugar onde o ciclista terá ferramentas para encher o pneu da bicicleta, água para beber e suporte para colocar a bicicleta. Além disso, tem a questão religiosa. Será um local para que as pessoas possam fazer suas orações e pedir proteção a Nossa Senhora do Ghisallo”, comenta o padre.
A construção começou há aproximadamente 20 dias. Os recursos financeiros estão sendo angariados junto à comunidade e um carnê deve ser distribuído em breve em Apucarana e Arapongas a fim de ampliar os recursos necessários para a conclusão da obra que também recebe apoio da prefeitura de Arapongas.
“A expectativa em relação à gruta é grande, não só na comunidade local, mas também entre os inúmeros ciclistas que já têm esse roteiro como prática diária de suas atividades”, afirma Lita Evangelista, gerente distrital de Aricanduva. De acordo com ele, o prefeito Sérgio Onofre também já se mostrou entusiasta do projeto, uma vez que a administração vem fazendo investimentos em Aricanduva.
PADROEIRA DOS CICLISTAS
Madonna di Ghisallo é nome de uma colina na região da Lombardia, norte da Itália. A colina foi batizada após uma "aparição da Virgem Maria" ao Conde Ghisallo que, na Idade Média, ao ser atacado por bandidos, se refugiou em uma capela e lá disse ter visto sua imagem.
Como a região fazia parte do Giro di Lombardia, importante prova ciclística italiana, o padre local, Ermelindo Viganò, propôs que a santa fosse declarada padroeira dos ciclistas. A sugestão foi acatada pelo Papa Pio XII e a igreja de Nossa Senhora de Ghisallo foi consagrada oficialmente em 1949.
O santuário se tornou um centro de romaria de ciclistas do mundo todo e acabou se transformando em um pequeno museu do ciclismo. As paredes da capela são adornadas por camisas de ciclistas famosos, flâmulas de equipes, além de fotos e bicicletas, dentre as quais se destaca a do ciclista italiano Fabio Casartelli, campeão olímpico de 1992, em Barcelona, e que morreu durante uma etapa do Tour da França em 1995.
Com o tempo, a coleção da capela ficou tão grande que, ao seu lado, foi criado o Museu do Ciclismo para guardar parte do acervo. Na capela há também uma chama eterna, em homenagem a todos os ciclistas que já morreram. ASSISTA:
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