Por oito votos a seu favor e sete contrários, a vereadora Angélica Ferreira (PSC), a Angélica Enfermeira, foi absolvida sexta-feira à noite pelo plenário da Câmara de Arapongas em processo de cassação de mandato. Ela era acusada de ter se apropriado indevidamente em 2013, no seu primeiro mandato, de diárias fictícias de viagens que nunca teriam acontecido. Na mesma noite ela também foi absolvida em outro processo por falta de decoro parlamentar em declarações feitas em plenário a respeito das acusações.
A sessão extraordinária, realizada ainda dentro do recesso, durou cerca de 8 horas, tendo começado à tarde, às 16h20, só terminando depois da meia-noite. Durante a sessão houve muitas discussões e paralisações dos trabalhos, com direito dado à defesa e ao denunciante de se pronunciarem, além de muitas manifestações de populares nas galerias, a maioria em defesa da vereadora.
No final, os vereadores votaram favoráveis ao relatório da Comissão Processante (CP) que, após as investigações, concluiu pela inexistência de qualquer prova cabal de que a denunciada tenha praticado infrações político-administrativas em desacordo com o Regimento Interno, no caso em relação às “diárias falsas”. Sendo assim, a comissão opinou pela improcedência da acusação e pelo arquivamento da denúncia.
A denúncia contra a vereadora, apresentada pelo advogado Oduwaldo Calixto, era de que ela, em 2013, no seu primeiro mandato, teria se apropriado indevidamente de diárias fictícias de viagens que nunca aconteceram, na gestão da ex-presidente Margareth Pimpão Giocondo.
Angélica Enfermeira assistiu à sessão acompanhada do seu advogado Fernando Berestino. No final, se manifestou aliviada com a sua absolvição, negando qualquer prática de corrupção. “Tudo não passa de perseguição política, eu não participei de esquema algum de pagamento de diárias fantasmas”, assegurou.
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