O mecânico aposentado Donizete Constantino, 59 anos, de Arapongas, tem um hobby pouco comum. Apaixonado por armas, ele não se limita apenas a colecionar itens, mas seu outro prazer é fabricá-los.
Os objetos estão espalhados pelos cômodos da casa e há peças bastante antigas, já que o mecânico aprendeu sozinho a fabricá-las ainda na infância, quando começou a aprender a fazer facas. “Eu desenho e crio os formatos que desejo e fabrico”, explica.
Para criar as armas, o aposentado usa aço e, para produzir as bainhas, capa que protege a arma, e outros detalhes do objeto, ele utiliza ferro, madeira, cordão de algodão, couro, e até pedrarias e correntes. “São materiais mais caros e difíceis de encontrar. Por isso, produzo uma arma a cada 6 meses no mínimo. Cada objeto deve custar cerca de R$ 200 para fazer, mas não sei muito bem porque nunca vendi nenhum”, pontua.
Além de espadas, o aposentado produz também revólveres, adagas, facas, arcos e bestas - arma que atira flechas. Donizete explica que nunca pensou em vender as armas. “Tudo que crio é para mim, mas às vezes presenteio familiares e amigos com alguns objetos. Minha filha sempre que vem leva uma embora para decorar sua casa”, conta.
Sua produção sempre foi informal e a forja, local que funde e modela metais, ficava em sua oficina mecânica. “Lá eu derretia o aço, trabalha e modelava, e depois o temperava”, recorda. Por conta de normas exigidas pela Vigilância Sanitária, há cerca de 6 meses, a forja de Donizete teve que ser eliminada da oficina por falta de estrutura. “Quem sabe faço outra normalizada futuramente”, acredita.
Outra paixão do aposentado é a pescaria. Por isso, a faca predileta dele é feita de carbono com a bainha mais simples e trabalhada em couro, mas que ele garante ser a melhor para cortar os peixes. “Não sei por que, mas desde quando a criei há mais de 20 anos tenho um carinho especial por ela. Se vou pescar, é ela que levo”, ressalta.
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