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‘Calote’ de empresa afeta 300 funcionários em Arapongas 

Após dedicar mais de 2 anos de serviços prestados à uma fábrica de ração, o araponguense Valdinei Aparecido Garcia, 32 anos, foi demitido sem receber sequer um centavo do que tem direito. Garcia trabalhou como operador de ensaque na Brazilian Pet Foods de

Da Redação

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‘Calote’ de empresa afeta 300 funcionários  - Foto:  Sérgio Rodrigo - Tribuna do Norte
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‘Calote’ de empresa afeta 300 funcionários - Foto: Sérgio Rodrigo - Tribuna do Norte
Escrito por Da Redação
Publicado em 05.07.2015, 08:13:00 Editado em 27.04.2020, 19:58:26
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Após dedicar mais de 2 anos de serviços prestados à uma fábrica de ração, o araponguense Valdinei Aparecido Garcia, 32 anos, foi demitido sem receber sequer um centavo do que tem direito. Garcia trabalhou como operador de ensaque na Brazilian Pet Foods de Arapongas, até abril deste ano quando a empresa provocou uma demissão em massa e logo depois fechou as portas, alegando crise financeira. Ele foi desligado com salários atrasados, sem pagamento de acerto e verbas rescisórias decorrentes do rompimento do contrato de trabalho. Para piorar a situação, a empresa não estava debitando o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), e Garcia ainda não conseguiu dar entrada no seguro desemprego. O Sindicato das Indústrias de Alimentação de Arapongas, Rolândia e Região (Stiaar), aponta que são mais de 300 pessoas - somente na filial de Arapongas - na mesma situação. 

Cada ex-funcionário, com mais de 1 ano se serviço prestado, pode ter direito a receber cerca de R$ 30 mil.“Fiquei três meses com salário atrasado e depois a empresa disse que fechou negócio com outro grupo e mandou todo mundo embora”, conta.Em fevereiro, os representantes da empresa anunciaram que o grupo Calpolli Brasil Incorporações havia comprado a totalidade da fábrica do então proprietário José Marcos Calsavara. No entanto, o Juiz da 2ª Vara do Trabalho de Apucarana, por onde tramita uma ação de bloqueio de bens, concluiu que houve “atuação sistemática dos envolvidos para ocultação patrimonial em fraude contra credores”.

A Tribuna apurou que Calsavara retomou os direitos da empresa. Após seu desligamento, Garcia conta que procurou emprego para trabalhar com carteira assinada, mas até o momento, não foi admitido. Para garantir o sustento da esposa e de dois enteados, ele faz bicos como servente de pedreiro. “Tive que vender minha moto para pagar dívidas. Com essa crise tá difícil arrumar emprego. Fiz 10 entrevistas mas até agora nada. E com essa chuva nem bico de pedreiro estou conseguindo mais”, comenta. Para piorar a situação da família, a esposa dele também ficou desempregada. “Minha esposa estava trabalhando e não passou na experiência. Como ela tem curso de cabeleireira, também faz bico para ajudar nas despesas”, conta.Em cinco anos de trabalho, o também araponguense Jair Antônio da Silva, 38 anos, passou por três setores na empresa. Ele foi demitido em maio com três meses de ordenados atrasados, e 15 meses sem débitos no FGTS. “Minhas contas estão todas atrasadas e estou com o nome sujo”, conta. 

Casado, com uma filha pequena para sustentar e sem emprego com carteira registrada, Silva tenta manter a casa com a ajuda da esposa que tem renda fixa. Ele também trabalha por dia em propriedades rurais para tirar um dinheiro extra. “Nunca passei por uma dificuldade financeira tão grande como agora. Espero que os donos vejam o nosso lado e paguem essa dívida. Qualquer dinheiro que entrar na minha conta é de muita ajuda”, conclui. Em abril deste ano, os representantes da empresa tentaram negociar o pagamento dos salários em atraso. No entanto, não cumpriram com o combinado. De acordo com o diretor do Stiaar, Aparecido Pinheiro Barbosa, mais de 300 pessoas foram lesadas. “Todos os trabalhadores foram dispensados. Como não houve avanço e a empresa não cumpriu o acordo em pagar os atrasados, eles foram orientados a entrar na justiça”, relata.

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Proprietário quer reabrir empresa

Além das verbas rescisórias, a Tribuna recebeu informações de que a empresa teria uma dívida fiscal que ultrapassa R$ 2 milhões. O empresário José Marcos Calsavara, que retomou os direitos da Brazilian Pet Foods, antes adquiridos pelo grupo Calpolli Brasil Incorporações, refutou a informação. “Não tem dívida milionária nenhuma.

Está tudo dentro dos parâmetros legais”, assinalou. Por telefone, Calsavara garantiu à reportagem que o pagamento está sendo providenciado no prazo mais rápido possível. “Existe a intenção de liquidar esta dívida para reabrir as portas”, afirmou.Calsavara concluiu dizendo que tem o propósito de retomar as atividades da fábrica de ração em agosto deste ano.

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