Os condomínios horizontais fechados vêm sendo grandes apostas de moradores que desejam unir qualidade de vida e segurança, sem abrir mão do espaço de uma casa e da proximidade com o centro urbano.
A escolha não se restringe mais a pessoas que habitam as metrópoles. Em cidades do interior, os condomínios fechados estão se expandindo cada vez mais nos últimos anos e ganhando a paisagem local. Em Arapongas, cidade são seis empreendimentos do gênero e um em lançamento.
O pioneiro foi o condomínio planejado Italian Ville, que fica no centro da cidade. Outros empreendimentos recentes ganharam espaço em áreas mais afastadas, de olho na região metropolitana e na questão.
A procura por imóveis nesses locais é grande nas imobiliárias da cidade. “São famílias, geralmente de empresários, que podem pagar um pouco mais caro pela segurança e pelo conforto de um condomínio. As vendas ocorrem mais durante o lançamento dos empreendimentos, pois depois que se acostumam, é difícil algum morador querer sair do imóvel”, comenta o corretor araponguense Agnaldo Gonçalves. Segundo ele, a questão da segurança é o que mais pesa na hora de adotar pelo sistema de condomínio fechado horizontal.
O mesmo acontece em Apucarana, município que também agrega 6 condomínios. A pedagoga Adriana Zangelini Storm mudou-se para o condomínio pioneiro da cidade, o Jardim Vale do Sol, há 5 anos, e diz que encontrou o lugar que procurava para morar. “Procurava um bairro calmo para construir nossa casa, onde meus filhos pudessem crescer mais soltos e minha família ter segurança e privacidade.
Aqui, ninguém entra sem ser anunciado”, diz Adriana, que curte o bairro com o marido, os filhos Vitor, 16 anos, e Ana, 12, além da cachorra Rebeca. Seu vizinho, Rodrigo Schultz também diz que não pretende se mudar tão cedo do bairro. “Não troco a paz e a segurança daqui por nenhum outro lugar”, diz o empresário, que aproveita a calmaria do condomínio para correr na rua.
O Jardim Vale do Sol (próximo ao Colégio Cerávolo), antigamente, era um bairro comum e foi instituído condomínio em 2000, atendendo à solicitação dos moradores. A comerciante Marisa Gonçalves já morava ali antes da mudança, e diz que o fechamento tornou o bairro mais seguro para as famílias e que o aspecto intimista do condomínio facilitou a construção de amizades.
Marisa e sua vizinha Márcia Salve Benetati, por exemplo, estreitaram as relações fazendo caminhadas todos os dias pelas ruas do bairro, a 4 anos. “Aproveitamos para conversar, e chamar os vizinhos para se juntarem a nós nas atividades e no grupo de oração”, contam. De acordo com o Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan), os condomínios horizontais fechados são implantados pela iniciativa privada, e devem obedecer aos mesmos parâmetros de um loteamento convencional - estabelecidos pela legislação municipal de parcelamento do solo. Entre outras coisas, são necessárias a consulta de viabilidade do fechamento da área e a licença prévia do Poder Público Municipal.
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