A eleição da Mesa Executiva da Câmara de Arapongas para o biênio 2015/2016 terminou em confusão ontem à noite e acabou sendo suspensa pela atual presidente da Casa, Margareth Pimpão (PSD). Algumas pessoas que estavam nas galerias jogaram moedas, papel higiênico, ovos e tomates contra os vereadores. Com isso, a votação foi transferida para hoje, às 20 horas.
A manifestação começou quando foi anunciada a chapa inscrita para disputar a presidência da Casa. Nos bastidores, dois vereadores considerados de oposição ao prefeito José Antônio Beffa (PHS) se uniram à situação, que era minoria até então, garantindo vantagem na disputa. Valdeir José Pereira (SD), o Maringá, e Antônio Carlos Chavioli (PSC), o Toninho da Saúde, migraram para a base aliada do prefeito, definindo praticamente a vitória do grupo, já que a oposição ficaria com apenas seis vereadores contra nove da situação. Maringá foi indicado na chapa como candidato à Presidência da Câmara de Vereadores e Toninho da Saúde como vice.
Esperava uma sessão tumultuada, mas não como
a que vimos”Margareth Pimpão, presidente
da Câmara de Arapongas - Foto: Sérgio Rodrigo
Os demais integrantes da chapa sequer foram anunciados, pois os manifestantes começaram a jogar ovos, tomates, papel higiênico e moedas contra os vereadores no plenário. A Polícia Militar (PM) e a Guarda Municipal de Arapongas (GMA) foram chamadas ao plenário para garantir a segurança, mas a atual presidente da Casa decidiu encerrar a sessão e transferi-la para hoje. Margareth Pimpão, inclusive, era pré-candidata à reeleição e disputava o posto dentre os vereadores da situação com Osvaldo Alves dos Santos (PROS), o Osvaldinho.
“Esperava uma sessão tumultuada, mas não como a que vimos. Por este motivo não havia condições de continuar a eleição. Comprometeríamos a segurança de todos os presentes”, disse Margareth. Ela afirmou que vai manter a sessão aberta novamente à população hoje à noite. Sobre a chapa inscrita e a possibilidade de derrota da oposição a Beffa na Câmara, Margareth disse que seu grupo “rachou”.
“Não sei como vai ser daqui para frente, mas me sinto tranquila, sei que cumpri minha missão. Eu pessoalmente conheço tanto o Toninho como o Maringá e confesso que não sei o motivo que os levou a mudar de lado. Não era o que eu gostaria, mas política é isso, a vida segue”, afirmou.
CRÍTICAS - A decisão da atual presidente de suspender a votação ontem à noite foi criticada por vereadores da situação. Segundo eles, havia total condição para prosseguir com a sessão e iniciar a votação para a Mesa Executiva. “A Polícia Militar e a Guarda Municipal davam toda a segurança necessária. A medida (suspender a sessão) foi completamente desnecessária”, disse um vereador. Maringá e Toninho não quiseram falar com a imprensa ontem à noite. (Com reportagem de Thamiris Geraldini)
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