Os 35 motoristas da empresa Transporte Urbano de Arapongas (TUA) que estavam em greve voltaram ao trabalho no final da manhã desta terça-feira (7). A categoria aceitou reajuste de 10% - 5% a menos do reivindicado - e equiparação dos salários dos motoristas de micro-ônibus com comparativo condutores dos coletivos de grande porte
A araponguense Simone Cristina, que mora há 9 km de distância do local onde trabalha, foi uma das prejudicadas com a paralisação. “É muito longe e não tem como vir a pé. Como a greve pegou todo mundo de surpresa, hoje (ontem) foi preciso encontrar um outro meio de vir para o trabalho. Hoje, meu marido me trouxe, mas não sei como vai ser se essa paralisação se arrastar por muito tempo. Sem ônibus fica complicado, muda a rotina de todo mundo”, reclama.
A greve é resultado de uma série de reivindicações feitas pelos funcionários à empresa. A classe reivindicava um aumento salarial de 15%, além do aumento de 5% no valor da comissão pelo serviço de cobrador que o próprio motorista exerce. Além disso, eles pediam a equiparação salarial independentemente do porte do ônibus, seja micro ou comum, e regulamentação das horas extras.
“Nos reunimos com a classe patronal que ofereceu 10% de reajuste salarial. A empresa alega que está operando em Arapongas no vermelho e que, por este motivo, não tinha condições de atender às solicitaçõers dos motoristas, pontuou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina e região (Sinttrol), Idenildo Dias Alves.
A TUA alega que, devido à baixa quantidade de usuários pagantes- são cerca de 5 mil diariamente-, a empresa não tem obtido lucros satisfatórios no município. Por este motivo, segundo a TUA, seria necessário reajustar a tarifa dos atuais R$ 2,15 para R$ 3,30.
SUBSÍDIO
Na tarde de ontem, a Prefeitura de Arapongas emitiu uma nota informando que a empresa solicitou um subsídio para continuar operando na cidade. A assessoria informou que o município entrará com uma contrapartida de R$ 100 mil mensais para que a passagem sofra um reajuste menor, aumentando para R$ 2,45. Para que o custeio seja feito, a Câmara de Vereadores precisará aprovar um projeto de lei que será encaminhado pelo Executivo nos próximos dias.
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