A morte de uma criança de seis anos ocorrida após visita a um benzedeiro será investigada pela Polícia Civil de Arapongas. Pâmela Daiana Aparecida da Silva, que morava em Rolândia, foi trazida pelos pais para Arapongas e passou mal durante a reza vindo a falecer no Corpo de Bombeiros.
Os próprios pais da criança levaram-na até a sede da corporação, no Jardim Bandeirantes por volta das 13 horas de ontem. A menina já chegou desacordada e morreu no local. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Londrina.
Segundo informações da Polícia Civil de Arapongas, os pais, Wanderley Argemiro da Silva e Rosimere da Silva, procuraram a ajuda do benzedeiro porque a menina tinha problemas de saúde e após inúmeras tentativas médicas fracassadas de diagnosticar o problema da criança.
Em depoimento, eles afirmaram que há algum tempo a criança vinha apresentando problemas de saúde e chegou a ficar internada por 16 dias em Londrina. Depois de levá-la a um benzedeiro em Rolândia, a família foi informada de que em Arapongas, no Jardim Bandeirantes, havia um senhor que poderia ajudar.
“De acordo com os depoimentos colhidos, a criança começou a passar mal na casa do benzedeiro e foi levada para o Corpo de Bombeiros pelos próprios pais, já chegando em estado de sobrevida. O Samu foi acionado e eles tentaram reanimá-la, mas não obtiveram sucesso”, explica o investigador da Delegacia de Arapongas, Marcelo Vital.
O benzedeiro teria apenas iniciado a oração quando a criança começou a passar mal. Segundo Vital, os pais disseram que o senhor havia pegado uma água da torneira, rezado sobre ela e em seguida daria para a criança beber. Porém, Pâmela não chegou a tomar nada.
“Ainda é muito prematuro afirmarmos qualquer coisa. No entanto, ao que tudo indica o senhor que fez a reza não teve nenhum envolvimento na morte da criança. Segundo os próprios pais, há muito tempo ela tinha problemas de saúde. Vamos aguardar o encaminhamento do laudo do IML para descobrir qual foi a causa que levou a criança a óbito”, diz.
Os pais e o benezedeiro foram ouvidos ontem. Também foi colhida uma amostra da água que o benzedor daria para a criança beber, caso seja necessário o encaminhamento do material para análise. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Londrina deverá ser encaminhado à Polícia Civil num prazo de 30 a 40 dias.
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