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Diagnóstico Cultural da Amepar entra na fase final

Já está concluído o trabalho de campo para a realização do Diagnóstico Cultural das 22 cidades que integram a Associação dos Municípios do Médio Paranapanema (Amepar). O trabalho, executado pela empresa Carnasciali & Vermelho, tem patrocínio da Duke Energ

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.01.2014, 16:57:00 Editado em 27.04.2020, 20:20:26
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Já está concluído o trabalho de campo para a realização do Diagnóstico Cultural das 22 cidades que integram a Associação dos Municípios do Médio Paranapanema (Amepar). O trabalho, executado pela empresa Carnasciali & Vermelho, tem patrocínio da Duke Energy e é uma realização do Ministério da Cultura (Minc), por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). O desafio é traçar o perfil das atividades culturais da região, dos equipamentos culturais disponíveis e a oferta de mecanismos de incentivo fiscal.

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O trabalho de campo foi realizado através de entrevistas e coleta de dados com artistas, agentes culturais, escolas, igrejas e gestores públicos. “Nosso desafio agora é organizar essas informações de forma a apresentar o perfil mais abrangente possível de cada um desses municípios”, afirma o coordenador do projeto, Rogério Carnasciali.

A pesquisa deverá resultar num livro, cujo lançamento está previsto para o primeiro semestre deste ano. Prefeitos, secretários municipais, vereadores, deputados e senadores, pesquisadores e empresas interessadas em investimentos via Lei de Incentivo à Cultura são o público alvo do livro, além dos gestores públicos da área.

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O livro é mais uma ação que o MinC vem apoiando com o intuito de mapear o perfil da cultura brasileira. Recentemente o ministério colocou em funcionamento, em fase experimental, o Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC), uma plataforma digital aberta à colaboração de internautas, para traçar o retrato da cultura brasileira.

A microrregião da Amepar, que tem municípios populosos como Londrina e Arapongas, conta também com algumas das menores comunidades do Paraná. A nova etapa do Diagnóstico Cultural, que é a tabulação dos questionários, começa a mostrar, porém, uma rica diversidade cultural, não só nos grandes centros, mas também nas comunidades menores, bem como a falta de equipamentos culturais apropriados e de recursos. “Quando nos foi apresentado o projeto, logo vimos que se trata de uma ferramenta de suma importância até para se discutir o que é a cultura e como ela se manifesta nessas comunidades”, afirma Luiz Nicácio, prefeito de Centenário do Sul e presidente da Amepar.

Para ele, o trabalho deve ajudar os municípios nas relações com os órgãos de cultura estaduais e federais, além de possíveis parcerias com a iniciativa privada através da Lei de Incentivo à Cultura. Para o deputado federal Alex Canziani, que ajudou no encaminhamento do projeto em Brasília e na mobilização dos prefeitos e secretários municipais de Cultura, o Diagnóstico pode abrir importantes caminhos.

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“Os municípios poderão elaborar projetos individuais e também de alcance regional, buscando recursos diretamente do governo ou junto às empresas que podem investir na cultura e abater nos impostos. Os próprios deputados que atendem essas comunidades poderão ter o Diagnóstico Cultural como ponto de apoio para a elaboração de emendas ao Orçamento, ajudando entidades ou eventos culturais com potencial”, ressalta Canziani.

A Amepar compreende os municípios de Londrina, Arapongas, Bela Vista do Paraíso, Rolândia, Sabáudia, Sertanópolis, Cambé, Centenário do Sul, Pitangueiras, Alvorada do Sul, Cafeara, Florestópolis, Guaraci, Ibiporã, Jaguapitã, Jataizinho, Lupionópolis, Miraselva, Porecatu, Prado Ferreira, Primeiro de Maio e Tamarana. De acordo com Rogério Carnasciali, também já foram aprovados junto ao Minc projetos para a realização da mesma pesquisa e edição do livro nas regiões da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep) e da Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi).

Arapongas foi o primeiro município a responder e devolver os questionários

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O município de Arapongas foi o primeiro a concluir a coleta de informações para o Diagnóstico Cultural. Edina Kümmel, secretária da Cultura, afirma que deu prioridade para o projeto por entender que com ele será possível direcionar melhor os recursos e adotar ações mais eficazes no setor. “Uma das ações que devem ser facilitadas com o Diagnóstico é a implantação do Sistema Municipal de Cultura.

Já realizamos a Conferência e elegemos o Conselho Municipal. Participando do Sistema Nacional de Cultura e com apoio do Diagnóstico Cultural, queremos estabelecer um plano de gestão com metas que venham nortear políticas e ações culturais consistentes e duradouras”, afirma Edina. Ela aponta como demandas urgentes a implantação do Fundo Municipal de Cultura e a qualificação e formação de gestores culturais.

Com uma população de 112.198 habitantes, segundo a estimativa do IBGE para 2013, Arapongas também possui muitas empresas com recursos que podem ser aplicados na cultura. “Precisamos mostrar para os nossos empresários que o setor cultural também é gerador de oportunidades, emprego e renda”, acrescenta Edina. Quem também aposta no Diagnóstico Cultural como caminho para fortalecer o setor e facilitar a busca de recursos é o historiador Gean Carlo Cereia, um dos responsáveis pela reestruturação do Museu de Arte e História de Arapongas. Segundo ele, a institucionalização é o primeiro passo para conseguir recursos para o Museu.

“Na sequência, virá a sua instalação no antigo Paço Municipal e a realização de convênios para garantir recursos materiais e humanos”, observa Gean. Todo o acervo do Museu está hoje na sede da antiga estação ferroviária, um prédio de 1941. As peças foram limpas, embaladas e guardadas ao abrigo da luz e da umidade, esperando a liberação de um local mais amplo e mais apropriado para exposição e visitação. “Todo esse trabalho foi realizado sob a supervisão de museólogos e com apoio do Museu Histórico de Londrina”, finaliza Cereia.

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