O delegado Osnildo Carneiro Lemes assumiu nesta semana a chefia da 30ª Divisão Regional de Polícia (DRP) de Arapongas com um recado claro: a unidade precisará melhorar – e muito – a estrutura existente se quiser enfrentar o tráfico de drogas de maneira mais contundente. Com 66 anos de idade, 42 deles dedicados à corporação, o novo comandante da Polícia Civil no município se disse decepcionado tanto com o efetivo quanto com a frota disponíveis, que considera aquém do ideal para combater o comércio de entorpecentes.
Lemes chega a Arapongas com a experiência de ter passado municípios estratégicos do Paraná como Londrina, Ivaiporã, Cascavel, Guarapuava, Paranavaí e, mais recente, Maringá, onde ficou por dois anos e meio, além de conhecer bem a região após atuação em Ivaiporã. “Em Maringá, criamos o setor antitóxico, que resultou na prisão de mais de 240 traficantes e na desarticulação de grandes quadrilhas”, comenta. Em Arapongas, a prioridade deve permanecer. “O tráfico de drogas acaba não só com os jovens mas com as famílias. É dele que surgem os roubos e os crimes contra a vida”, argumenta. No entanto, ele afirma que será preciso melhorar a estrutura existente, “principalmente em relação aos investigadores”.
“Temos dez policiais, sendo que cinco deles foram convocados para a escola da Polícia Civil, com duração de quatro meses. Contando que precisamos de quatro só para o plantão, fica apenas um para a investigação. Arapongas não é cidade para ser ‘tocada’ com apenas cinco policiais”, opina.
O chefe da 30ª DRP sugere uma união forte das autoridades municipais e membros da sociedade civil em torno do problema para reivindicar melhorias.
“Arapongas é um dos município mais importantes do Norte do Estado. Embora não seja sede de subdivisão policial, é maior que pelo menos doze subdivisões. É preciso que a sociedade se una para que tenhamos um olhar diferenciado do Governo”, defende Osnildo Lemes.
DOIS DELEGADOS
Com José Arnaldo Peron Martins, que até então respondia pela chefia da 30ª DRP, passando a adjunto, Arapongas volta a ter dois delegados, após cinco anos e uma série de profissionais. A Cadeia Pública é outro problema e ser enfrentado. Hoje a unidade tem 135 detentos, dois deles condenados, e tem capacidade para 38 presos.
Experiente, Lemes priorizará combate ao tráfico | Foto: Sérgio Rodrigo
Escrito por Da Redação
Publicado em 18.09.2013, 15:28:00 Editado em 27.04.2020, 20:24:36
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