MAIS LIDAS
VER TODOS

Arapongas

Construção civil e comércio acolhem haitianos em Arapongas

  A cidade de Arapongas é a segunda da região a receber trabalhadores haitianos em fuga do seu país, depois do terremoto de 2010. Os imigrantes chegaram há quase dois meses e estão empregados na construção civil e em uma rede de supermercados da cida

Da Redação

·
Parte dos haitianos está empregada na construção civil
Icone Camera Foto por Andre Veronez
Parte dos haitianos está empregada na construção civil
Escrito por Da Redação
Publicado em 06.04.2012, 12:00:00 Editado em 27.04.2020, 20:43:14
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade
continua após publicidade

A cidade de Arapongas é a segunda da região a receber trabalhadores haitianos em fuga do seu país, depois do terremoto de 2010. Os imigrantes chegaram há quase dois meses e estão empregados na construção civil e em uma rede de supermercados da cidade.


O grupo de 17 homens foi trazido por dois empresários, sensibilizados por um padre araponguense, que está atuando em Manaus. A capital amazonense é uma das portas de entrada dos imigrantes ao Brasil. Contudo, a maioria não consegue emprego no Norte do brasil, o que gerou um movimento migratório em todo território nacional. “Meu primo, padre Valdecir Molinari, que me pediu para ajudar trazendo alguns para trabalhar aqui. É a contribuição que podemos dar a este povo sofrido”, disse o supermercadista Ademir Molinari.

continua após publicidade


Nas empresas dele estão 12 haitianos, mas o grupo de 17 homens, está alojado numa mesma casa. “Isto é para que aos poucos se adaptem a cultura local. Por enquanto é interessante que fiquem em grupo”, disse o engenheiro Fortunato Graça Júnior, que também ajudou a trazer os imigrantes.


Ele emprega cinco na construção civil. Os imigrantes atuam como pedreiros e auxiliares e alguns já tinham experiência no ramo. “Foi feita uma seleção de aptidão, mas trouxemos mesmo para oferecer nossa contribuição social e humanitária”, disse Júnior.
O engenheiro afirma que os imigrantes não ocupam vagas de trabalhadores locais. “Hoje se tiver dez pedreiros no mercado eu contrato porque precisamos. O aquecimento imobiliário fez desaparecer esta mão-de-obra”, disse ele.


Segundo o engenheiro os trabalhadores conseguiram o ‘visto humanitário’, que deve ser renovado a cada 90 dias. Mas eles esperam conseguir a permanência no Brasil e até mesmo a cidadania.

continua após publicidade


“Estamos felizes aqui, gostando muito. Tem serviço. No Haiti não dá para ficar, está tudo difícil. Não há empregos e nem dinheiro”, disse o auxiliar geral, Johel Pierre, 26.


Os imigrantes são poliglotas, falam francês, crioulo, (língua local), espanhol, alguns falam inglês e ‘arranham’ o português.
Os trabalhadores deixaram a família para tentar a vida no Brasil. Alguns tiveram que deixar filhos e esposas para trás. “O mais difícil é ficar longe. No final do ano quero tentar visitá-los”, disse Pierre.
Uma fábrica de fraldas de Rolândia também emprega haitianos.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Arapongas

    Deixe seu comentário sobre: "Construção civil e comércio acolhem haitianos em Arapongas"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!