Uma abertura no solo onde brota água do lençol freático, em meio à lavoura, chama atenção na Fazenda Colina em Apucarana. O local foi apelidado por moradores da região de “Boca do Vulcão” por conta de sua aparência.
O fenômeno natural pode ser observado da estrada rural entre o distrito do Barreiro e a rodovia Ervin Schindler. A visitação não é autorizada. No entanto, muitas pessoas param para observar o cenário à distância por conta da sua singularidade. A água forma um lago no centro do “vulcão”, que nunca seca.
Há, entretanto, uma explicação para o fenômeno observado na Fazenda Colina, em Apucarana. A resposta é a mesma para a “lenda” do vulcão existente sob a Catedral Nossa de Lourdes, no centro de Apucarana, que embala há décadas o imaginário popular.
Segundo o Atlas Municipal Escolar Histórico, Geográfico e Ambiental de Apucarana, elaborado pela professora Geografia, Maria do Carmo Carvalho Faria, o solo do município está inserido no período geológico de formação Jurássico-Cretáceo, entre 142 e 65 milhões de anos atrás. Nesse período ocorreu intenso vulcanismo e derrame de lavas, originando basalto, que se espalhou por vasta área, por meio de fendas abertas na superfície terrestre.
A decomposição do basalto deu origem aos solos férteis conhecidos como “terra roxa”. Portanto, o vulcão não é necessariamente uma lenda, tampouco está prestes a entrar em erupção. Na prática, o solo foi originado por derrame de lavas há milhões de anos. Ainda segundo o estudo, Apucarana fica no meio de uma placa tectônica e um vulcão, para eventualmente entrar em atividade, precisaria estar entre placas tectônicas.
Localização
Em frente à Fazenda Colina
Com informações, prefeitura de Apucarana
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