Por seis votos a quatro, a Câmara de Vereadores de Apucarana rejeitou, na sessão ordinária desta segunda-feira, requerimento pedindo abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar suposta “conduta de nepotismo licitatório” na administração municipal. O pedido de CPI foi apresentado pelo vereador Lucas Ortiz Leugi (PP) e assinado também por Moisés Tavares Domingues (Cidadania), Marcos da Vila Reis (PSD) e Franciley Preto Godói Poim (PSD). Eles pedem apuração de suposta subcontratação de obras públicas do município por empresa ligada a familiares do prefeito Junior da Femac (PSD).
Pelo mesmo placar, foi rejeitado pedido de abertura de Procedimento Político Administrativo protocolado pelo cidadão apucaranense Guilherme Livotti para também apurar suposta “conduta de nepotismo político”, porém nas obras de reforma e ampliação da Escola Municipal Madalena Coco.
Em ambos os casos, votaram contra a abertura de CPI e contra abertura de Procedimento Político Administrativo os vereadores Antônio Garcia (União Brasil), Luciano Facchiano (PSB), Mário Felippe (PROS), Rodrigo Recife (União Brasil), Mauro Bertoli (União Brasil) e Tiago Cordeiro de Lima (MDB). Votaram favoráveis os vereadores Marcos da Vila Reis (PSD), Franciley Preto Godói Poim (PSD), Lucas Leugi (PP) e Moisés Tavares (Cidadania).
Para o vereador Moisés Tavares, que votou a favor dos pedidos, abrir uma investigação na Câmara seria uma forma de o Legislativo dar uma resposta à sociedade sobre as denúncias existentes, enquanto a administração municipal se mantém em silencio e deixa dúvidas sobre sua veracidade ou não. O mesmo disse o vereador Lucas Leugi, segundo quem, embora já haja investigações de denúncias sobre “conduta de nepotismo licitatório” em trâmite no Ministério Público e no Tribunal de Contas do Estado, nada impede que o Legislativo faça sua investigação paralela.
Já o líder do prefeito na Câmara, vereador Mauro Bertoli, justificou seu voto contrário ao pedido de abertura de CPI e do Procedimento Político Administrativo pelo fato de não ter fundamento legal. Segundo ele, “quando uma empresa vence uma licitação ela passa a ser dona da obra e, assim, ela contrata quem quiser para executar o serviço terceirizado pelo melhor preço”. Mesma opinião manifestou o vereador Tiago Cordeiro de Lima, para quem não há nada concreto que comprove as denúncias.
PROJETOS
Na sessão foram aprovados em segundo turno um projeto de lei do Executivo transferindo recursos para a Cooperativa dos Catadores de Recicláveis de Apucarana (Cocap) e um projeto de lei do vereador Tiago Cordeiro de Lima declarando de utilidade pública o Menorah Moto Clube Cristão.
Em primeiro turno foram aprovados projeto de lei do vereador Moiés Tavares, que estabelece símbolo de identificação para pessoa com deficiência oculta e um projeto de Tiago Lima que concede título de Cidadão Honorário a Eliezer Chaves Canela.
Também foram aprovados quatro requerimentos: do vereador Marcos da Vila Reis, pedindo ao Executivo reposição de fiação de iluminação pública na Vila Reis; do vereador Lucas Leugi pedindo aos Correios cronograma de entrega de correspondências no Residencial Fariz Gebrin; e do vereador Luciano Molina solicitando à Polícia Militar e Guarda Municipal rondas ostensivas no Terminal Urbano de Transporte Coletivo, além de pedido à empresa Viação Apucarana Ltda. para melhorias e limpeza também no terminal.
Por Edison Costa
Deixe seu comentário sobre: "Vereadores rejeitam pedido de abertura de CPI contra Junior da Femac"