O acidente envolvendo um ônibus do transporte escolar de Apucarana, na última quarta-feira (17), foi tema de discussões nesta segunda-feira (22) na Câmara. Vereadores pediram mais esclarecimentos sobre as causas do sinistro de trânsito.
O veículo, de uma empresa terceirizada pela Autarquia Municipal de Educação (AME), tombou no Jardim Milani e deixou 16 estudantes do 6º ao 9ª do Colégio Estadual Polivalente feridos. O motorista alegou que o ônibus, que transportava 28 alunos no total, perdeu os freios. Um vídeo que circulou nas redes sociais mostrou que um dos pneus do veículo estava “careca”.
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A Prefeitura instaurou um processo administrativo para investigar o acidente, visando apurar as responsabilidades. O município quer saber se houve imprudência ou negligência da contratada ou do condutor.
O ônibus havia passado por vistoria na terça-feira (16), ou seja, um dia antes do acidente, no Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR). O órgão aprovou o veículo para a realização de transporte escolar. O ônibus também estava em dia com a vistoria do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
O vereador Tiago Cordeiro de Lima (PDT) afirma que é preciso ter acesso ao laudo completo do Detran-PR para chegar a uma conclusão sobre as condições do veículo. Segundo ele, a possibilidade de a empresa contratada pelo município ter trocado os pneus após a vistoria é algo que preocupa. A hipótese foi levantada após a divulgação de um vídeo mostrando um dos pneus desgastados, mas não foi comprovada até agora.
A15ª Circunscrição de Trânsito (Ciretran) informou na oportunidade que as vistorias de transporte escolar são criteriosas, mas que nada impede que, após a inspeção, o proprietário faça trocas de determinados itens, como, por exemplo, os pneus.
“É uma acusação grave e que certamente tem que ser averiguada. A Prefeitura encaminhou para o Detran para que se apresente o laudo pericial e as fotos comprovando que esse pneu foi (ou não) mudado. As fotos (depois do acidente) mostram um pneu um tanto desgastado. Não pode permitir que um órgão de fiscalização do estado aprove um ônibus que esteja sem condições de circulação”, disse o vereador.
O vereador Lucas Leugi (PSD) também discursou sobre o tema e pediu rigor na apuração do acidente. Segundo ele, os funcionários da Autarquia Municipal de Educação responsáveis pelo contrato com a empresa de transporte escolar deveriam ser afastados durante a investigação do acidente.
Ele criticou qualquer tipo de responsabilização do motorista. “Colocar a culpa no motorista é tirar a responsabilidade por quem faz as vistorias e as inspeções, que devem ser regulares e precisam ser demonstradas no papel e na caneta, com foto”, disse Leugi.
SESSÃO
Durante a sessão, a Câmara aprovou apenas um projeto de lei. Trata-se da proposta que institui a "Semana Municipal de Orientação sobre a Epilepsia" no município, de autoria do vereador Tiago Cordeiro. O projeto que estabelece sanções e penalidades administrativas para aqueles que praticarem maus-tratos aos animais, de autoria do vereador Luciano Molina (Agir), foi retirado de pauta a pedido do autor por três semanas. Um pedido de vistas do vereador Luciano Facchiano (Agir) já tinha adiado a votação na semana passada.
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