O velório de Flaudemir Batista da Silva, de 53 anos, que era realizado neste sábado (18), em Apucarana, norte do Paraná, foi paralisado e o corpo levado para o Instituto Médico Legal (IML) para apurar a causa da morte. Policiais militares e civis foram chamados e o caso é investigado.
Conforme a ativista e defensora dos direitos humanos, Renata Borges, Flau, como era carinhosamente chamado, estava sendo velado na Capela Central, porém, algumas amigas perceberam marcas no corpo e desconfiaram que ele poderia ter sido vítima de crime.
A defensora foi até a capela e descobriu que o laudo médico da causa da morte de Flau constava indefinida, então Renata ligou para a polícia. “No corpo tinha muitas manchas, hematoma no olho e um corte atrás da orelha perto do pescoço. O laudo da morte constava causa indefinida. Na hora liguei para a PM, que mandou uma viatura, fui até a delegacia, conversei com o investigador de plantão e ele, orientado pelo delegado, realizou o protocolo para que o corpo de Flau passasse por perícia no IML”, detalha.
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Conforme Renata, uma amiga próxima de Flau prestou depoimento e repassou detalhes da vida pessoal do falecido. Ele estava na casa dele, quando teria passado mal e caiu no chão. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado, porém, ele já estava sem vida. “A gente entende que o papel do Estado é investigar. Tenho muitas dúvidas, como se libera um corpo assim? Causa da morte indefinida? Como não avisam a polícia? É preciso investigar. A comunidade de travestis e transexuais se mobilizou, pois ele não tem família aqui, a mãe dele é muito idosa e não mora na cidade. Aguardamos uma resposta. Agradeço a grande rede de proteção de diretos humanos, agradeço a PM e a Polícia Civil pelo atendimento e pelo suporte. Espero que tudo seja resolvido e seguirei acompanhado”, finaliza.
Um Boletim de Ocorrência foi registrado e o corpo levado para perícia. Nesta segunda-feira (20) serão repassados mais detalhes do caso.
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