O número de alvarás para demolição de imóveis comerciais e residenciais aumentou 24,4% este ano em Apucarana. Levantamento da Secretaria Municipal de Obras aponta 56 procedimentos autorizados no município de janeiro até ontem, contra 45 registrados ano passado, entre janeiro a maio.
No total, 146 imóveis foram demolidos na cidade em 2020. Para os especialistas, os dados refletem o processo de renovação e valorização da cidade.
Quem frequenta o anel central da cidade percebe a movimentação de trabalhadores e a mudança na paisagem. Segundo a secretária de Obras Angela Stoean, principalmente na área central, a renovação envolve imóveis mais antigos, que darão espaço para novas edificações. Segundo ela, existe uma perspectiva de aquecimento econômico que pode tem influenciado os novos investimentos no setor imobiliário, mesmo em meio a pandemia da Covid-19.
“Acho que existem fatores que poderão influenciar, como a queda na taxa Selic. Percebo que muitos investidores buscam ganhos maiores, ao invés de deixarem o dinheiro parado, estão investindo em algo que dá mais lucro”, acredita.
Para a secretária, a renovação é um processo natural que, além de valorizar os espaços, também deixa a cidade mais bonita. “O imóvel que não é renovado perde valor. Dependendo da condição não compensa apenas reformar, se o imóvel apresentar muitos problemas, acaba sendo mais viável colocar a baixo e começar do zero”, analisa.
O imobiliarista João Ceriani percebeu que muitas edificações antigas foram colocadas abaixo na cidade neste ano, inclusive, um imóvel administrado por sua imobiliária está em fase de demolição. Segundo o imobiliarista, o prédio ficava na Praça Rui Barbosa e tinha mais de 60 anos de edificação.
“Era um imóvel muito velho e carecia de muita manutenção. Identificamos que valeria a pena fazer um investimento em uma nova edificação que vai potencializar o rendimento e gabarito do uso dele”, afirma Ceriane.
AUTORIZAÇÃO
Segundo a secretária de Obras Angela Stoean, a emissão do alvará de demolição depende da aprovação do Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC), que informa a estimativa de resíduos e materiais que serão gerados com a demolição. A responsabilidade de analisar e a provar o plano fica a cargo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
“Se for aprovado, o proprietário anexa o pedido aos documentos relativos ao imóvel e entra com o pedido de demolição”, explica.
De acordo com a secretária, o proprietário e o profissional responsável pelo serviço devem seguir normas de segurança, tanto dos funcionários da obra quanto dos imóveis localizados no entorno. Os pedidos de alvará de demolição podem ser feitos no site da prefeitura, na opção protocolo web.
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