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Um cinquentão na ‘Cidade Alta’

CAPACIDADE: 15 mil pessoasINAUGURAÇÃO: 29 de janeiro de 1967TIMES: equipes do Apucarana Futebol Clube (AFC), Apucarana Atlético Clube (AAC), Roma Esporte Apucarana e Apucarana Sports.OS NOMESPAULO PIMENTEL – adotado em 1967 para homenagear o então governa

Da Redação

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Um cinquentão na ‘Cidade Alta’
Icone Camera Foto por Arquivo/TnOnline
Escrito por Da Redação
Publicado em 28.01.2021, 16:00:00 Editado em 27.01.2021, 13:56:51
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CAPACIDADE: 15 mil pessoas

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INAUGURAÇÃO: 29 de janeiro de 1967

TIMES: equipes do Apucarana Futebol Clube (AFC), Apucarana Atlético Clube (AAC), Roma Esporte Apucarana e Apucarana Sports.

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OS NOMES

PAULO PIMENTEL – adotado em 1967 para homenagear o então governador do Estado

BOM JESUS DA LAPA – em 1983, estádio mudou de nome pelo prefeito Carlos Scarpellini, que alegou homenagem ao primeiro estádio da cidade

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OLÍMPIO BARRETO – em 2012, estádio mudou de nome novamente através de lei municipal para homenagear o nome do proprietário do terreno onde o estádio foi construído

O estádio, que está entre os dez mais antigos do Estado tem em sua memória muito mais emoções que as vitórias e derrotas do futebol paranaense. O local, que entra na terceira denominação – já foi chamado Paulo Pimentel e Bom Jesus da Lapa - também já sediou competições de motocross, futebol americano, shows musicais, eventos religiosos, e até bingos - um deles, em 1989, colocou Apucarana no noticiário nacional, após um tumulto generalizado.

Durante esses anos, a praça esportiva, uma das maiores do Norte do Estado, também foi a casa de quatro times apucaranenses de futebol profissional: equipes do Apucarana Futebol Clube (AFC), Apucarana Atlético Clube (AAC), Roma Esporte Apucarana e Apucarana Sports.

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A inauguração do local aconteceu no distante dia 29 de janeiro de 1967, com o amistoso entre Seleção de Apucarana e Sociedade Esportiva Palmeiras. Na época, o estádio foi inaugurado com o nome de Paulo Pimentel, então governador do Estado.

Com a presença do prefeito apucaranense Saul Guimarães da Costa e demais autoridades do município, o Palmeiras venceu o selecionado local por 3 a 0, com um gol do meia Ademir da Guia e dois do atacante Rinaldo. Como o Campeonato Paranaense da Primeira Divisão de 1967 só começava em maio e o Apucarana estava sem elenco definido, uma seleção da cidade, reforçada por jogadores do Jandaia, São Paulo de Londrina e Londrina Esporte Clube, enfrentou a equipe paulista. Na seleção local também jogaram os ex-santistas Mengálvio, Dorval e Pepe, que fizeram sucesso no início dos anos 60 no “Peixe” atuando lado do rei Pelé.

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O Palmeiras veio com força máxima para jogar no “Paulo Pimentel” (ver infográfico). No amistoso ocorreu a estreia do zagueiro Baldochi, contratado junto ao Botafogo-SP, e a presença do atacante Leocádio, que um ano depois virou ídolo com a camisa do Apucarana Futebol Clube.

Naquele ano da inauguração do estádio apucaranense, o “Verdão” foi absoluto na temporada, pois foi campeão da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, competição muito importante na época.

Um ano depois, disputando o Paranaense, o AFC fez uma grande campanha, terminando o Estadual na terceira posição, ficando apenas atrás de Coritiba (campeão) e Atlético-PR (vice). Até hoje foi a melhor campanha de um clube de Apucarana no Paranaense da Primeira Divisão. Nove anos depois, em 1977, já sendo a casa do Apucarana Atlético Clube (AAC), fundado em 1975, foi inaugurado o sistema de iluminação do estádio em num amistoso em que o time perdeu por 5 a 1 para o Grêmio de Maringá. A iluminação, entretanto, não durou muito. Dois anos depois, alegando inadimplência do AAC, a Eletra, de Pato Branco, responsável pela iluminação, ingressou em juízo com uma medida cautelar de sequestro das luminárias. Doze dos 24 holofotes foram retirados das quatro torres. Anos depois, também foram retirados os holofotes restantes e as torres de sustentação. A iluminação só voltaria ao estádio muitos anos depois.

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Em 2009, já com o Roma Esporte Apucarana, foi inaugurado o sistema de iluminação do estádio – então municipal, na gestão do prefeito João Carlos de Oliveira. Em vez de torres metálicas, o estádio recebeu quatro postes. A inauguração dos refletores aconteceu no duelo entre Roma e Arapongas pela segunda fase do Paranaense da Divisão de Acesso, com a agremiação da casa vencendo por 2 a 0.

Um estádio, três nomes

Estádio passou maior parte de sua história como Bom Jesus da Lapa

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Foi na época do Dragão do Norte – como AAC era conhecido -, que o estádio mudou de nome pela primeira vez. Ao assumir a prefeitura em 1983, Carlos Roberto Scarpelini renomeou o estádio Paulo Pimentel para Bom Jesus da Lapa, homenageando assim o primeiro estádio da cidade, que ficava localizado onde hoje funciona o Supermercado Cidade Canção e era a sede do antigo time do Grêmio Esportivo e Recreativo Apucarana (Gera).

Segundo Scarpelini, a troca de nome foi um pedido feito pelos diretores do AAC na época e por boa parte da torcida. Foi neste período que o estádio deixou de ser de propriedade do AAC e passou a pertencer ao município. Outro argumento para a mudança era uma lei federal – a Lei n 6.454/1977, que proibia em todo território nacional atribuir nome de pessoa viva a monumentos públicos.

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O estádio passou quase trinta anos com nome de santo, até que em 2012, uma lei de autoria do vereador José Airton de Araújo, o Deco, alterou novamente a denominação do Estádio Bom Jesus da Lapa, para Estádio Olímpio Barreto, também chamado por algumas pessoas de “Irmãos Barreto”.

A escolha gerou nova polêmica. A mudança homenageia o pioneiro apucaranense que em 1965, aceitou permutar dois alqueires de terras de seu sítio, nas cercanias da Vila Nova para fazer o estádio. Em troca ele e a família receberam duas datas na antiga área do Estádio Bom Jesus da Lapa, o campo do Gera, hoje no centro da cidade. Também era dono do terreno, o irmão de Olímpio, José Barreto. Os dois irmãos eram fanáticos por futebol e não faltavam sequer aos treinos do Apucarana.

Familiares dizem que o mais justo era homenagear os dois irmãos dando os nomes dos dois ao estádio. Olímpio morreu em 1985, vítima de um atropelamento na cidade. Já José, faleceu bem antes, na década de 70, aos 47 anos, em um acidente de trabalho.

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ESTADIO EM 1997

Em boa fase, Apucarana Futebol Clube Lotava estádio em 1997

Casa do AFC e AAC

Em cinquenta anos de trajetória, o estádio coleciona uma série de vitórias que ficaram marcadas na lembrança dos torcedores do Apucarana Futebol Clube (AFC), Apucarana Atlético Clube (AAC) e do Roma Esporte Apucarana.

O AFC que foi o primeiro time a ter o estádio como sede fez grandes campanhas em 1968 e muitos anos depois em 1997. Em 1968, o time ficou em terceiro lugar no Campeonato Paranaense, era muito forte em casa e dava muito trabalho quando jogava fora. A boa campanha naquele ano fez a equipe negociar os atacantes Leocádio e Passarinho para o Coritiba. A equipe somou 32 pontos, frutos de 13 vitórias, sendo 10 em casa e 3 fora, e seis empates, com o time sofrendo sete derrotas. Fez 34 gols e levou 20.

Foi a melhor agremiação do interior. Vinte e nove anos depois, o AFC fez bonito no Campeonato Paranaense de 1997. Na primeira fase, pelo Grupo B, o Apucarana foi campeão ao golear o Mixto Bordô, de Telêmaco Borba, por 6 a 0, se classificando assim para o octogonal final do Estadual. Nesta fase decisiva, o AFC ficou em quarto lugar. O time do Norte do Estado foi declarado pela Federação Paranaense de Futebol como campeão do interior. No octogonal final, a equipe, treinada por Agenor Picinin, ficou na frente de Iraty, Matsubara, União Bandeirante e Francisco Beltrão.

Em dezembro de 1975, o estádio virou casa de outro time. Foi fundado o Apucarana Atlético Clube, que foi campeão da Segunda Divisão em 1977 e 1984, mas ambas as conquistas longe de seu estádio. Em 77, a equipe ficou com o título ao bater o Tabu, de Clevelândia, por 1 a 0, e em 84 levantou a taça de campeão ao empatar por um gol com o Umuarama.

Em 1985, o AAC voltou a ser campeão. Ficou com o título do Torneio da Soja ao empatar por um gol com o Cascavel no estádio apucaranense.

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