Foto por Divulgação
O que devo fazer antes de colocar um imóvel à venda? Esta pergunta aparentemente ingênua esconde surpresas nem sempre agradáveis, que vão desde avaliação correta do bem em questão, documentação necessária para a transferência, recebimento do valor a reparos. João Eduardo Mareze, especialista em Gestão de Negócios Imobiliários e Construção Civil pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e diretor da J. Mareze Imóveis, concedeu uma entrevista ao blog sobre o assunto. Separamos os principais trechos dessa conversa para ajudar você a fazer um bom negócio. Confira!
Blog - O que devo fazer antes de colocar um imóvel à venda?
João Eduardo - O procedimento ideal para quem decide colocar um imóvel à venda é um misto de avaliação e definição de expectativa de venda, como valor e velocidade para que isso aconteça, aliado à viabilidade técnica, que inclui verificação de documentos do imóvel e averbações necessárias, bem como tributação e eventual negociação de preferência de inquilinos, entre outros pontos. Quando tudo isso está sob responsabilidade de uma imobiliária torna o processo mais claro e ágil, facilitando a concretização de um negócio.
Blog – Quais documentos são os principais a hora da venda?
João Eduardo - O que mais importa, de fato, é a certidão atualizada da matrícula do imóvel no cartório de registro de imóveis. Depois, podemos incluir outros documentos, como escritura de compra e venda, contrato de compra e venda, contrato de aluguel, projetos aprovados, carnês de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), entre outros, que formam o conjunto de documentos necessários para transferência do bem.
Blog - Reparos no imóvel são necessários? Quando devo ou não fazer? Valoriza o imóvel?
João Eduardo - Reparos estruturais, como problemas no telhado ou vazamentos devem ser feitos, pois, como o nome diz, podem comprometer a estrutura do imóvel. Já na manutenção entram jardinagem, retoques de pintura ou algum conserto que não seja estrutural, mas deixa o imóvel com aparência mais atrativa. Por fim, algumas benfeitorias, dependendo do objetivo da venda, podem facilitar a negociação, como pintura nova interna e externa, reforma de banheiros com troca de pisos e revestimentos. Essas decisões são definidas de acordo com o objetivo da venda e tendem a deixar o imóvel mais bonito e aumentar a sua liquidez.
Blog - Caso tenha móveis, quando vale a pena deixá-los no imóvel?
João Eduardo - Na maioria das vezes, quando se trata de móveis planejados pode agregar valor sim ao imóvel, apesar de não ser substancial, principalmente se não for novos ou a estética não atender ao gosto dos novos compradores. Já móveis como sofás e eletrodomésticos costumam não agregar valor de venda.
Blog - E quando devo procurar um corretor de imóveis ou uma imobiliária?
João Eduardo - A decisão de profissionalizar a tarefa de comercialização do imóvel não está atrelada em somente ter mais facilidade comercial de encontrar um comprador interessado, mas também por tratar de valores expressivos e do patrimônio de pessoas e empresas, ter a assessoria de um corretor aliada ao suporte da imobiliária, faz o processo de venda mais dinâmico e seguro, como acompanhamento nas visitas ao imóvel. Além disso, tem a facilidade do trâmite de documentos em órgãos públicos e cartórios e a negociação com o comprador. Quando há um intermediador faz com que eventuais divergências, entre compradores e vendedores, sejam minimizadas.
Blog - E quanto aos recebimentos, ter o serviço terceirizado a uma imobiliária facilita?
João Eduardo – A segurança na transação envolve diagnóstico da documentação e muitas vezes o critério de capacidade de pagamento quando há prazo ou parcelamento. Tudo isso aliado a instrumentos legais que protegem, mas não blindam a conclusão do negócio até o recebimento final e todo trâmite de documentação.
Fonte: Blog da J.Mareze Imóveis – www.j.mareze.com.br
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