Ter autonomia é o desejo de todo adolescente: poder ir à escola sozinho, sair com amigos, praticar esportes, conquistar cada vez mais independência. Mas para a moradora de Apucarana, no norte do Paraná, Mykaela Rosa Vieira, de 12 anos, essa realidade estava distante, já que ela não podia caminhar e dependia da mãe para tudo enquanto utilizava uma cadeira de rodas.
Mykaela nasceu com uma má formação nas pernas e ainda bebê, precisou ser amputada. Aos 6 meses de idade foi encaminhada pelo médico para atendimento na AACD em São Paulo, onde recebia acompanhamento e próteses, até que a pandemia paralisou o atendimento.
"Todo o atendimento presencial foi suspenso com a pandemia e como ela está em fase de crescimento, precisa trocar as próteses a cada 6 meses no máximo. Sem atendimento, Mikaela passou a ficar apenas na cadeira de rodas, sem poder andar, por um ano e sete meses, até que consegui trazer o caso dela para a ADEFIAP", conta a mãe, Juceli Vieira da Silva.
Segundo Paulo Antônio da Silva, presidente da Associação dos Deficientes Físicos de Apucarana (ADEFIAP), o caso da Mikaela foi indicado para a instituição, que imediatamente, iniciou o processo de confecção das próteses, em parceria com a administração municipal.
"É emocionante acompanhar o processo dela, ver essa jovem recuperando a autonomia. É muito recompensador. Agora que ela já está com as próteses, passa por todo processo de adaptação, com acompanhamento e fisioterapia", disse.
A adolescente está ansiosa para voltar para a escola, agora que poderá caminhar com os colegas. Mikaela vai iniciar o 6º ano no Colégio José de Anchieta e revela que sonha em ser médica, para no futuro, poder salvar vidas.
"Eu não sabia fazer nada, só pedia apoio da minha mãe. Agora estou muito melhor, ainda é difícil para me adaptar, mas daqui a pouco estou andando, até correndo também. Quero muito voltar para a escola, espero que meus colegas gostem de mim. Um dia vou ser alguém bem forte, quero fazer medicina para salvar vidas", disse a adolescente.
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tnonline
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