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Sargento do Exército é investigado por envolvimento no estupro coletivo em Apucarana

A Polícia Civil confirmou que investiga a participação de um sargento do Exército no estupro coletivo contra uma jovem, de 19 anos, com problemas cognitivos, em Apucarana. O militar foi preso na semana passada, em 14 de agosto, e outros três suspeitos for

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.08.2020, 09:07:58 Editado em 20.08.2020, 15:43:19
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A Polícia Civil confirmou que investiga a participação de um sargento do Exército no estupro coletivo contra uma jovem, de 19 anos, com problemas cognitivos, em Apucarana. O militar foi preso na semana passada, em 14 de agosto, e outros três suspeitos foram detidos na segunda-feira (17).

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O 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado (30º BIMec) se manifestou na manhã desta quinta-feira (20), sobre a prisão do sargento.

Em nota, o comando do 30º BI Mec afirma que tem colaborado inteiramente com as investigações e com o cumprimento do referido mandado judicial. Reitera ainda que o Exército Brasileiro não compactua com qualquer tipo de conduta ilícita por parte de seus integrantes.

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O crime aconteceu em 23 de julho. Imagens de uma câmera de segurança no local onde a vítima foi abordada ajudaram a identificar os suspeitos. Segundo a Polícia Civil, nas imagens é possível ver o carro em que estavam os quatro investigados. O veículo, que seria do sargento, para e logo depois some do vídeo levando a vítima. A jovem é aluna da Associação de Paes e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Apucarana e toma remédios controlados para depressão e convulsão. Veja:

A Polícia Civil chegou até o militar do Exército após receber uma denúncia anônima. "Pedimos ajuda do Comando do Exército para saber se o carro que apareceu nas imagens pertencia a um dos militares e eles, prontamente, descobriram de quem era o veículo. Nos apresentaram as informações que precisávamos, pois eles não compactuam com esse tipo de atitude", disse a delegada Sandra Nepomuceno.

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Os suspeitos têm 19, 21, 25 e 30 anos e foram presos temporariamente.

Conforme a titular da Delegacia da Mulher, delegada Sandra Nepomuceno, a vítima, que é aluna da Apae, tem uma mentalidade de uma criança de nove anos, toma remédios controlados para depressão e convulsão.

“A vítima teve uma discussão com a sua mãe e saiu de casa durante a noite e ficou andando a pé. Em uma rua no bairro Tancredo Neves ela foi abordada por quatro homens que estavam em um carro preto. Eles a chamaram para entrar no carro falando que iriam comer um lanche, depois a levaram para um terreno baldio e todos mantiveram relações sexuais com a jovem. Após o estupro, ela foi deixada na rua e pediu por ajuda”, detalha a delegada.

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Equipes da polícia foram até o Jardim Catuaí, onde o estupro aconteceu e encontraram diversas provas materiais. “Com auxílio da vítima, revisamos o caminho que os suspeitos fizeram no dia do crime. Fomos até o terreno baldio onde o estupro aconteceu, onde encontramos preservativos e até a presilha que a vítima usava no cabelo no dia do crime”, afirma a delegada.

Segundo ela, imagens de câmeras de segurança ajudaram a identificar o veículo. O proprietário do carro, foi preso no dia 14. “Depois da prisão dele, chegamos até os outros três suspeitos, que foram presos temporariamente”, explica.

Segundo a delegada, todos os suspeitos negam a violência sexual. “Eles devem responder por estupro de vulnerável na modalidade coletivo. Eles afirmam que tiveram consentimento da vítima. Contudo, a jovem tem uma deficiência intelectual bastante visível. Ela é muito inteligente, mas é perceptível que ela não tem nenhuma maturidade”, comenta a delegada.

A vítima está recebendo acompanhamento psicológico. “A jovem disse que não queria, que foi enganada. A gravidade deste crime está na quantidade de homens que participaram. São quatro pessoas que mantiveram relações sexuais com uma pessoa com problemas. É um caso muito grave, desde que aconteceu, não paramos até concluir a investigação”, ressalta. Os quatro detidos foram encaminhados para o Minipresídio de Apucarana.

A delegada ainda lembrou do caso do estupro coletivo que aconteceu no Rio de Janeiro em 2016. "Depois desse caso, lá no Rio de Janeiro, que foi muito grave, gerou grande repercussão, não tive conhecimento de outros casos de estupro coletivo. E agora aconteceu um caso em Apucarana, é muito grave," finaliza.

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