O prefeito eleito de Apucarana (PR), Rodolfo Mota (União Brasil), confirmou nesta segunda-feira (30/12) o nome do economista e professor universitário Rogério Ribeiro para assumir a Secretaria Municipal da Fazenda. A informação foi divulgada durante entrevista exclusiva concedida ao TNOnline. Assista ao vídeo abaixo.
Ribeiro é economista e professor do campus apucaranense da Universidade estadual do Paraná (Unespar). É formado pela Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana (Fecea), mestre em Economia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e doutorando em Desenvolvimento Regional e Agronegócio na Unioeste, campus de Toledo.
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“Foi meu professor, inclusive na universidade, um baita de um profissional e eu tenho certeza de que ele vai poder nos ajudar muito. Tem uma questão burocrática, porque o Estado está de recesso e, como ele é servidor, eu preciso que ele seja liberado para trabalhar com a gente na prefeitura”, afirmou.
Embora ainda não tenha sido oficializado, Mota afirma que o economista já iniciou um levantamento acerca das questões financeiras e orçamentárias da prefeitura. “A gente ainda não oficializou o nome dele, porque depende dessa questão burocrática do Estado”, reiterou Rodolfo durante a entrevista.
Conforme o prefeito eleito, restam outros cinco nomes que devem ser anunciados durante a posse marcada para esta quarta-feira (1). “O fato de não ter anunciado algum secretário não significa que a gente descuidou disso. Ainda vou conversar com algumas pessoas. Talvez na quarta a gente já tenha todos esses seis nomes ou fique algum para sequência”, adiantou.
O novo prefeito tem grandes expectativas para iniciar seu mandato e afirma que seu principal desejo é trabalhar e mostrar resultados para a população, sobretudo aos quase 43 mil eleitores que votaram nele. “A gente precisa trabalhar para corresponder essa expectativa. O clima na cidade é um clima de esperança e vontade de mudança, de ver resultados diferentes, situações sendo resolvidas que se arrastam há anos. Então, estou bastante animado, esperançoso, com a nossa população, acreditando nesse novo momento que Apucarana vai viver”, salienta.
Mota se diz animado com o início do mandato, mas confessa que a situação financeira da prefeitura causa aflição e preocupação. Segundo ele, o município detém a maior dívida do país, com mais de 2 mil precatórios. “É uma prefeitura que está desorganizada, uma máquina pública que estava inchada, cheia de cabide de emprego, penduricalhos, um excesso enorme de cargos e funções gratificadas. Um orçamento público muito aquém do que deveria ser do que é hoje”, destaca.
Entre os desafios ele ressalta que melhorar a saúde pública é o mais urgente. “A gente tem falta de suplemento alimentar para aquelas pessoas que se alimentam por sonda, que estão em situação vegetativa ou acamadas, idosos, crianças. Eu ouvi um relato de uma família que estava misturando leite com farinha, batendo o leite com farinha para passar pela sonda, porque a autarquia não está fornecendo suplemento alimentar”, comenta.
Neste contexto, o prefeito eleito reforça o interesse em colocar o Hospital Municipal em funcionamento, entretanto, ainda não sabe como fazê-lo, pois existem ao menos 200 situações pendentes relacionadas à construção do prédio recém-inaugurado. “O prefeito, Junior da Femac, optou por acelerar para concluir a obra. Mesmo com essas pendências, foi feita a inauguração e, infelizmente, levaram lá hoje (30/12) trinta pessoas para fazer uma espécie de triagem em uma sala lá, como se fosse um hospital funcionando, mas, na verdade, é um mero consultório. E 30 pessoas foram lá se consultar para fazer uma triagem para uma eventual e futura cirurgia de catarata, para simular que o hospital estaria funcionando, o que não é verdade”, salienta Mota.
Mota afirma que vai exigir que a construtora entregue a obra sem problemas e depois pretende captar recursos junto à Secretaria de estado da Saúde e ao Ministério da Saúde para custear o funcionamento do hospital. “A construção é difícil. Eu não tiro aqui o mérito do prefeito de ter feito a obra. Custou R$ 25 milhões. Espero que a obra seja entregue 100% do que pagamos. Agora, mais difícil do que construir é mantê-la atendendo às pessoas todos os dias, todos os meses. Isso vai custar mais de R$ 1 milhão por mês e a gente precisa economizar recursos da autarquia, que já tem gastos exagerados”, assinala.
Nos 100 primeiros dias de mandato o prefeito eleito pretende executar 100 ações estabelecidas por ele juntamente com sua equipe. A lista inclui melhorias no trânsito, modernização de semáforos, recuperação de uma ponte na zona rural na região do Barreiro e a retomada de obras viárias importantes, como retomar obra de duplicação da rodovia BR-376, no trecho do Núcleo Habitacional Adriano Correia. “Algumas ações são um pouco mais simbólicas, outras um pouco mais desafiadoras, algumas que nós vamos começar dentro dos 100 dias, mas que vão demorar para terminar. Outras que a gente vai fazer em até 20 dias e entregar para a população”, ressalta.
O novo prefeito de Apucarana será empossado nesta quarta-feira (1º), durante solenidade no Cine Teatro Fênix. Às 11 horas, ele participará de um evento aberto ao público em frente ao Paço Municipal.
Assista a entrevista em vídeo:
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