O prefeito de Apucarana, Rodolfo Mota (União Brasil), comandou, no início da noite desta quinta-feira (27), a prestação de contas do último quadrimestre da Prefeitura de Apucarana e também da Autarquia Municipal da Saúde (AMS). Durante sua fala, ele revelou dívidas herdadas da última gestão com fornecedores. Veja entrevista abaixo
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Segundo dados apresentados pelo prefeito em um telão, o terceiro quadrimestre fechou com receitas de R$ 212,2 milhões e despesas de R$ 173,6 milhões. O índice de endividamento do município ficou em 13,38%, sem contar as dívidas dos bancos Santos e Itamarati, discutidas na Justiça.
No entanto, chamou atenção números sobre dívidas herdadas. Segundo o prefeito, a Viação Apucarana Ltda (VAL), responsável pelo transporte público, apresentou uma planilha reivindicando R$ 14,9 milhões de pagamentos atrasados, enquanto a Costa Oeste, que é responsável pelo recolhimento do lixo, outros R$ 785 mil. Há dívida de R$ 12,5 milhões na saúde, segundo ele, além de pendências com funcionalismo de licenças-prêmio e férias vencidas.
Em entrevista ao TNOnline, o prefeito disse que encontrou muitos desafios financeiros no município. "A situação financeira do município não é segredo para ninguém. É o meu desafio e da nossa equipe. Dentre tantos desafios que a gente encontrou, a questão do pagamento de fornecedores é um deles. A empresa de transporte, a VAL, apresentou uma conta há alguns dias de quase R$ 15 milhões e as pessoas devem se perguntar, de onde saiu uma dívida de R$ 15 milhões? O valor que as pessoas pagam na catraca ali é menor do que a empresa cobra da prefeitura", disse.
Segundo o prefeito, o valor apresentado pela concessionária é referente a um período de dois anos – a partir de 2022 – que representa a diferença entre a tarifa técnica – real custo do transporte –, e a tarifa vigente. Para cobrir a diferença, o município adotou subsídio pago mensalmente à empresa. O valor pago, alega a VAL, não era suficiente.
“Vamos auditar essas planilhas e conferir, mas sabemos que teremos que pagar algo. Importante frisar que a empresa não está cobrando apenas agora, mas fez várias cobranças à administração anterior”, diz.
Ele citou ainda dívidas na saúde. “Encontramos um quadro com quase R$ 12,5 milhões em dívidas sem registro de empenho. Despesas relacionadas à Casa da Gestante, Centro Infantil, PSF e CEO, salários atrasados dos médicos da UPA, Instituto do Rim e Hospital da Providência, Materno Infantil, Cisvir e laboratórios, por exemplo, além de pagamento de despesas relacionadas a consertos de veículos da frota da saúde pendentes em oficinas credenciadas, entre outras situações. Contas que são de 2024, que não são nossas, mas que fizemos o pagamento agora na semana passada”, revelou o prefeito Rodolfo Mota.
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