Região fecha 2023 com recorde de homicídios, mostra levantamento

O ano de 2023 encerrou com número recorde de homicídios dolosos na região. Foram registrados 50 homicídios – incluindo feminicídios – na área da 17ª Subdivisão Policial (SDP), que abrange 26 municípios do Vale do Ivaí. O número é o maior já registrado nos relatórios estatísticos da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), divulgados desde 2007. Em comparação com o ano anterior, os homicídios cresceram 28,2%. Em 2022 foram 39 crimes.

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Dos 26 municípios do Vale do Ivaí, 14 registraram homicídios dolosos. Município sede da 17ª SDP, Apucarana também tem o maior número de crimes. Foram 23 homicídios em 2023, contra 20 no ano anterior, um aumento de 15%. Na sequência aparece São João do Ivaí, com 6 registros. Em 2022, apenas um homicídio foi registrado no município.

Os dados de 2023 foram divulgados nesta quarta-feira no site da Sesp. De toda a série histórica, o maior número já registrado foi de 48 homicídios – o que ocorreu em 2015 e 2011. O menor número de crimes foi registrado em 2021, com 16 homicídios.

O delegado-chefe da 17ª SDP, Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, afirma que apesar do aumento de casos, o índice de resolução dos homicídios também deve ser analisado. Na área da 17ª SDP, a Polícia Civil atingiu um índice de 79% de resolução de crimes, sendo 66% exclusivamente dos assassinatos registrados em 2023.

“Ocorre que o homicídio não é um crime de resolução tão rápida, de modo que em 2023 também são solucionados crimes do ano anterior”, explica. Em relação a Apucarana, o índice, segundo o delegado, atingiu 85% ao longo do ano passado. Dos crimes registrados no ano passado, a resolução chega a 63%.

Rodrigues também destaca que o crescimento dos homicídios em Apucarana esteve relacionado com uma disputa de traficantes. Uma situação que foi contornada. “Desde a metade do ano passado não registramos mais crimes relacionados a guerra do tráfico. Neste ano, inclusive, nenhum homicídio foi registrado em Apucarana”, afirma, acrescentando que muitos assassinatos têm um perfil de difícil prevenção como casos que acontecem no âmbito doméstico ou que são resultantes de brigas e desentendimentos momentâneos.