Os dois irmãos de Apucarana (PR), que comandavam a organização criminosa conhecida como "Tropa do Tubarão" e que foram presos na megaoperação deflagrada nesta quinta-feira (29) pela Polícia Civil do Paraná (PCPR), através da 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana, movimentaram mais de R$ 17 milhões apenas via PIX com o tráfico de drogas e já vinham sendo investigados há pelo menos um ano.
"Eles não acreditavam que um dia chegaríamos até eles, mas estavam enganados. Todos foram presos na data de hoje", disse o delegado-adjunto da 17ª SDP, André Garcia. Os irmãos serão transferidos para o sistema prisional federal.
Conhecidos como Nenezinho, 33 anos, e Nenezão, 36 anos, a dupla é acusada da prática de diversos crimes, como Organização Criminosa, Lavagem de Dinheiro, Tráfico de Drogas, Associação para o Tráfico de Drogas e Financiamento para o Tráfico de Drogas.
“Eles eram extremamente perigosos. Eles impunham terror na comunidade onde eles dominavam”, afirmou o delegado operacional Ricardo Monteiro de Toledo.
De acordo com Toledo, o grupo criminoso era bem estruturado, com uma ampla organização para executar suas ações.
“Nos últimos anos, eles começaram a se estruturar de forma empresarial mesmo, então eles tinham diversos núcleos. Durante a investigação, ficou bem demonstrada a existência do núcleo das lideranças ali, que era composta pelos dois irmãos que possuíam o apelido de Nenezinho e Nenezão”, explica o delegado.
Os irmãos também seriam os responsáveis por nomear a organização, que ficou conhecida como Tropa do Tubarão.
“Eles se auto intitularam, deram um nome para essa organização criminosa que é a Tropa do Tubarão”, destaca.
A Polícia Civil também mencionou a ampla estrutura organizacional da quadrilha, o que fez se desenvolver uma investigação de alta complexidade.
“Há vários anos, a população pedia uma resposta da Polícia Civil, mas as formas como eles estavam estruturadas realmente dificultou as investigações. Mas nós conseguimos identificar as lideranças. Conseguimos identificar o núcleo financeiro”, pontua.
"Percorremos um caminho que eles não imaginavam, que foi a investigação do dinheiro", completa o delegado-adjunto André Garcia.
A operação ocorreu de forma simultânea nos estados do Paraná e Santa Catarina, tendo sido empregados 245 agentes da Polícia Civil, 01 aeronave e 05 cachorros.
Foram expedidos 172 mandados judiciais, sendo, 69 mandados de Prisão Preventiva, 63 mandados de busca e apreensão, 40 ordens judiciais de bloqueio de contas bancárias.
A polícia ainda não divulgou o número de presos, nem o balanço das apreensões em Apucarana.
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