O Paraná é o estado brasileiro com maior número de doações de órgãos no primeiro semestre de 2021, conforme dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) e a conscientização sobre a doação é uma das etapas necessárias para que vidas continuem sendo salvas.
Segundo a enfermeira Gredielli Rigobelo, coordenadora da UTI do Hospital da Providência e coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, para ser doador basta expressar, em vida, o desejo para seus familiares. A legislação vigente no Brasil afirma que apenas por meio do consentimento das famílias pode-se realizar a doação.
“Para decidir se haverá a doação é necessária a permissão de parentes de primeiro grau, como pais ou cônjuges. Após esse consentimento, realizamos exames para saber se o doador é apto, cada passo é explicado para a família, eles acompanham tudo”, afirma.
Gredielli ressalta ainda o real significado dessa ação. “A doação, para quem perdeu alguém, é um ato nobre que dá um novo significado a essa partida, fazendo dela um renascimento para quem foi presenteado com este recomeço”, conclui.
No Paraná, mais de 2,4 mil pessoas aguardam por uma doação, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado. “A doação é importantíssima, porque temos muitas pessoas nas filas esperando por um recomeço e isso pode salvá-las”, afirma a enfermeira.
No Hospital da Providência, todo o processo para que a doação seja realizada é acompanhado pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante da instituição, formada por médicos, enfermeiros, psicólogas e uma assistente social.
“Nós fazemos o acompanhamento dos pacientes que podem, infelizmente, sofrer uma morte encefálica. Realizamos testes e também ajudamos as famílias a compreenderem cada passo sobre a doação de órgãos”, esclarece o cardiologista Mateus Dias Moura, coordenador da CIHDOTT.
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