Agentes da Polícia Federal (PF) e da Receita Federal deflagraram na manhã desta quinta-feira (06) a Operação Anemia, que cumpre 7 mandados de prisão, além de 53 mandados de busca e apreensão e sequestro de bens. Em Apucarana (PR), os agentes estavam nas ruas desde as primeiras horas do dia, cumprindo mandados no Jardim América e no Centro da cidade.
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Várias cidades são alvo da operação. Segundo informações iniciais, os criminosos atuavam com contrabando e lavagem de dinheiro. O esquema envolvia empresários, agentes públicos e comerciantes de diversos estados do Brasil.
A operação conta com 230 Policiais Federais e 34 Auditores-fiscais da Receita Federal. Os mandados foram cumpridos em cidades dos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.
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As ordens judiciais expedidas pela 9ª Vara Federal de Curitiba preveem o sequestro, bloqueio e apreensão de bens imóveis, veículos, dinheiro em espécie, obras de arte, joias, criptoativos e outros itens de luxo ou de alto valor encontrados.
Entenda
As investigações, iniciadas em 2020, têm como objetivo desarticular uma organização criminosa responsável pela importação ilegal de grandes quantidades de mercadorias de origem estrangeira sem os devidos procedimentos legais.
De acordo com a PF, o grupo criminoso, ativo desde 2014, introduzia mercadorias irregularmente no país através da fronteira com o Paraguai. Entre os itens mais contrabandeados estavam eletrônicos, distribuídos para diversos estados brasileiros. Com o tempo, a intensa movimentação financeira do grupo chamou a atenção das autoridades, sendo realizada por meio de "laranjas" e empresas fictícias para dissimular o recebimento de recursos.
Esquema internacional
Além do contrabando, a organização criminosa utilizava recursos virtuais, como criptomoedas, para enviar valores ao exterior. Os investigados adquiriram produtos eletrônicos diretamente de fornecedores nos Estados Unidos, China e Hong Kong, enviando-os para o Paraguai antes de inseri-los no Brasil. O pagamento dos produtos era feito através de uma complexa rede de empresas nacionais e no exterior (offshores), utilizando criptomoedas para efetivar a evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
As investigações também revelaram a colaboração de agentes públicos ativos e inativos na execução das atividades criminosas, especialmente de agentes da segurança pública. Em função disso, a operação contou com o apoio das corregedorias da Polícia Civil, da Polícia Militar e da Polícia Penal do Estado do Paraná.
R$400 milhões em bloqueio de bens
O bloqueio judicial de bens e valores, determinado pela 9ª Vara Federal de Curitiba, alcança quase 400 milhões de reais, conforme os levantamentos financeiros realizados. Aproximadamente 230 Policiais Federais e 34 Auditores-Fiscais da Receita Federal participam da operação. Os mandados são cumpridos em cidades dos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.
As ordens judiciais incluem o sequestro, bloqueio e apreensão de bens imóveis, veículos, dinheiro em espécie, obras de arte, joias, criptoativos e outros itens de luxo ou de alto valor encontrados.
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