O piloto Luís Henrique Bertoli, de Apucarana (PR), estava na prova do Moto 1000 GP, válida pelo Campeonato Brasileiro de Motovelocidade, que terminou em tragédia neste domingo (27) em Cascavel, no oeste do Paraná. A disputa foi marcada pela morte dos pilotos André Veríssimo Cardoso, 42 anos, e Érico Veríssimo da Rocha, 38 anos, que sofreram um acidente logo após a largada, no complemento da primeira volta. Eles ficaram gravemente feridos e não resistiram. As mortes foram confirmados pela assessoria oficial do Moto 1000 GP. Veja o vídeo do acidente abaixo.
Atual campeão do SuperBike Brasil, Bertoli lamentou a tragédia. O apucaranense, que disputa a competição pela equipe PSBK, a mesma de André, estava no pelotão da frente e conta que ficou sabendo da gravidade do acidente apenas quando chegou ao box. "Eu estava na frente, em quarto lugar, o André em oitavo, quando deu bandeira vermelha a gente pensou que havia acontecido algo bem ruim, aí tive que entrar no box e vi o acidente. Não tinha ideia do que tinha acontecido e depois minha namorada me mostrou o vídeo", conta.
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O piloto explica que ele e André competem pelo SuperBike Brasil, competição considerada a maior da América do Sul da modalidade. A prova do Moto 1000 GP, portanto, servia mais como uma preparação ao torneio internacional e a mudança de campeonato pode ter influenciado para que acontecesse o acidente. "No Brasileiro, o pneu é mais duro, diferente do Superbike, que é mais leve. O pneu então tem menos contato com o chão. Dependendo da adrenalina do piloto, acaba esquecendo o cálculo racional, e pela emoção pode acontecer isso", explica o apucaranense, que acredita que a fatalidade aconteceu pela falta de costume do colega com o pneu.
Bertoli lamentou a morte dos pilotos, principalmente de André, seu colega de equipe e que conversou com ele minutos antes da largada. Para ele, a queda ter acontecido na primeira volta foi crucial para a tragédia. "Nessa etapa estávamos no mesmo box, conversamos com antes da largada, o André era uma pessoa muito boa, tinha bastante amigos, uma fatalidade que aconteceu, mas é coisa do esporte. O fator principal é que aconteceu na hora da largada, depois de uma volta separam os pelotões, mas no começo é tudo muito junto", disse.
O piloto de Apucarana ressalta que o ocorrido faz parte do esporte. "Todos os pilotos se colocam no lugar, porque você imagina a família passando por isso. É um esporte de perigo. Estou triste, mas creio que era uma coisa para acontecer. Pelo impacto, não tinha muita margem de cálculo se não fosse a hora da pessoa", comentou Bertoli.
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