O paranaense pode ficar um ano sem pagar tarifa de pedágio. A afirmação é do secretário chefe da Casa Civil do Paraná, Guto Silva, durante entrevista para o Jornal Tribuna do Norte e site TNOnline. Com os atuais contratos de concessão encerrados em 28 de novembro, o governo garante que as cancelas serão abertas e assim permanecerão até a definição da nova concessão. Para manter as estradas em ordem durante o período, o governo vai antecipar licitações.
"É o fim de uma história triste do Paraná, fim de um contrato que puniu os paranaenses, um contrato caro, sem obras. O governador deixou muito claro que após 25 anos, não iria dar continuidade desse contrato. O governador sempre disse que o Paraná não fica um dia, um minuto a mais com esse contrato, então, no dia 28 de novembro as cancelas serão abertas. Nossa grande preocupação é de quando se dará o leilão. Pela nossa experiência, a nossa expectativa é que o pedágio fique um ano com as cancelas abertas", disse Guto Silva.
Ainda de acordo com o chefe da Casa Civil, a grande preocupação do Governo é garantir, nesse período, segurança e qualidade para os usuários das rodovias paranaenses. "Dezembro, janeiro e fevereiro tem férias, o movimento aumenta nas rodovias, tem o período de safra, a chuva que deteriora o pavimento. Fizemos uma reflexão importante e antecipamos licitações para que nesse período, mesmo sem pedágio, tenhamos condições de um tráfego confortável. Esse serviço vai nos custar bastante recursos, dinheiro, mas estamos focados em buscar alternativas junto ao Governo Federal para que o Paraná não seja punido nesse período. O governo ainda vai contar com os postos policiais rodoviários para ir aos postos de cancela e proteger esse patrimônio", explica.
De acordo com Guto Silva, o Governo ainda vai cobrar na Justiça as obras que não foram realizadas pelas concessionárias que ainda administram o pedágio, como por exemplo a duplicação de Apucarana a Ponta Grossa, o contorno de Califórnia, além dos contornos de Jandaia do Sul e Arapongas, que tiveram as obras iniciadas. "Com esse novo modelo de pedágio estamos pensando no futuro, mas não podemos esquecer o passado. O Estado vai entrar na Justiça para reaver o prejuízo que tivemos por décadas, com esse contrato malfadado que tivemos. O Estado vai a Justiça para reaver esse direito do Estado e das pessoas", destaca.
Cotado para disputar uma vaga no Senado nas eleições de 2022, o secretário comentou que o momento certo para discutir possíveis candidaturas é no ano que vem. "Nossa preocupação é com a pandemia, com a economia, garantir estímulos. Com a polarização aconteceu essa antecipação da discussão do processo eleitoral. O governador Ratinho Junior tem uma base muito sólida. Esse debate será ampliado no ano que vem. Para o Senado temos grandes nomes, o próprio secretário da saúde Beto Preto, o Sandro Alex. Vamos avançar nesse debate em um momento oportuno. O PSD é um partido heterogêneo, o Kassab (presidente nacional do partido e ex-prefeito de São Paulo), deseja ter uma terceira via e está estimulando a vinda do presidente do senado Rodrigo Pacheco para ingressar no partido na tentativa de conciliar uma alternativa e estamos aguardando, fazendo uma reflexão e esperando o desenho nacional para depois escolher o melhor caminho para o Paraná".
Guto Silva acredita que com o avanço da vacinação o Paraná terá um trimestre com aquecimento da economia. "O governador Ratinho Junior e o secretário da Saúde, Beto Preto, fizeram um trabalho brilhante no combate da pandemia, com a estruturação da saúde. O Paraná de destacou no equilíbrio das ações. A mensagem que eu deixo é de esperança, com a pandemia mais controlada e economia fluindo, vamos ter um trimestre muito forte, com empregos, com comércio aquecido, e no ano que vem vamos com essa pegada forte. Nossa mensagem é de otimismo, vivemos bom momento, apesar de toda dor da pandemia, o Paraná segue em pé, firme com expectativa para o futuro com oportunidade para a nossa população", finaliza.
Por, Sílvia Vilarinho
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