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RITUAL DE EXORCISMO

Padre exorcista da Diocese de Apucarana relata desafios do "combate espiritual"

Responsável pelos casos na Diocese há seis anos, sacerdote descreve como fé, ciência e rituais oficiais se unem no enfrentamento de situações extremas

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Padre exorcista da Diocese de Apucarana relata desafios do
Autor Foto: Reprodução vídeo

Força desproporcional, aversão repentina a símbolos religiosos e resistência intensa à oração. Esses são alguns dos comportamentos que chegam ao conhecimento do padre Adenilson Malta Pedroso, responsável pelos casos de exorcismo na Diocese de Apucarana. Há cerca de seis anos dedicado a essa pastoral pouco conhecida, o sacerdote abriu detalhes raros sobre sua atuação em entrevista ao podcast oficial da Diocese. (Assista a entrevista abaixo).

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Pároco em Lidianópolis e autorizado pelo bispo para exercer o ministério, o padre integra uma equipe formada especificamente para lidar com situações consideradas espiritualmente extremas. Ele afirma que, antes de qualquer suspeita de possessão, existe um passo que jamais é ignorado: o diagnóstico clínico. “Não existe atuação sem avaliação médica. Trabalhamos sempre acompanhados de psicólogos, psiquiatras e neurologistas ligados à Diocese. Fé e ciência caminham juntas”, explicou.

Segundo ele, muitos atendimentos chegam depois de longos períodos de angústia familiar. Comportamentos repentinos e inexplicáveis levantam dúvidas: estaria a pessoa diante de um transtorno de saúde mental, ou algo além? Entre os sinais que acendem alerta, o padre cita reações violentas ao entrar em igrejas, incapacidade de rezar e repulsa intensa a sacramentais.

Quando existe a possibilidade de manifestação extraordinária, o processo segue normas rígidas da Igreja Católica. O ritual envolve familiares selecionados, equipe treinada em Roma pela Associação Internacional dos Exorcistas e, sempre que possível, profissionais da saúde.

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“Não há improviso. O ritual deve ser seguido à risca. Não é o padre quem expulsa o mal, é Deus. Somos apenas instrumentos”, pontuou.

Durante o rito, as manifestações variam. O sacerdote descreve episódios de transe, resistência física incomum e reações inesperadas às orações. A equipe observa cada detalhe, inclusive sinais fisiológicos, para diferenciar fenômenos espirituais de episódios psicóticos.

“Há casos que se resolvem em uma única sessão. Outros duram semanas, meses ou até anos. E muitos atendimentos mostram que não se trata de possessão, mas de questões clínicas que exigem acompanhamento médico”, destacou.

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A prática, além de complexa, é emocionalmente desgastante. Por isso, o número de atendimentos é limitado. “É um combate espiritual, mas continuamos humanos. É preciso prudência para não ultrapassar nossos limites”, comentou. Ele também participou recentemente do Congresso Internacional de Exorcistas, em Roma, onde sacerdotes de mais de 300 dioceses compartilharam experiências marcadas por diferenças culturais.

Ao final da entrevista, o padre reforçou que o exorcismo é sempre o último recurso. A orientação da Igreja é que qualquer pessoa em sofrimento espiritual busque antes a vida sacramental, a oração familiar, o uso de objetos religiosos e o acompanhamento pastoral.

“A desobediência a Deus abre brechas para o mal, mas a fidelidade e a oração protegem”, concluiu.

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Entenda um pouco sobre o exorcismo:




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