A delegada Luana Lopes, da Delegacia da Mulher, comentou nesta terça-feira (1º) sobre as investigações do caso envolvendo um padrasto que foi denunciado por bater com um pedaço de pau em um menino de 8 anos em Apucarana (PR). A agressão ocorreu na quinta-feira (27) no Jardim Ponta Grossa e deixou vários hematomas no quadril e nas nádegas da criança. Como a ocorrência chegou à Polícia Civil 24 horas depois do crime, no final da noite de sexta-feira (28), o homem não ficou preso.
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“Ele (agressor) realmente confirma que agrediu fisicamente a vítima, mas alega que teria agredido como forma de uma educação, tendo em vista que a criança tem o costume de fugir de casa e que ele, toda noite, quando chega do trabalho, por volta das nove horas (21 horas), precisa ir atrás do menino para trazê-lo novamente para casa. Então, ele alega que, sim, que agrediu, mas que teria sido como uma tentativa de educar”, comentou a delegada sobre o depoimento do agressor.
A delegada afirma que o menino foi encaminhado para escuta especializada, quando a Polícia Civil pretende averiguar se há também a participação da mãe nas agressões. “Somente após a escuta especializada dessa vítima, a gente vai poder definir, por exemplo, a participação da genitora dele nisso tudo, se ela tinha conhecimento, se ela era conivente ou não (com as agressões)”, explica.
A delegada assinala que depois de concluída a escuta especializada serão tipificados os crimes. “A gente primeiro precisa conversar com esse menino de 8 anos. Essa oitiva não é feita na delegacia, mas através de um psicólogo”, diz.
Luana acrescenta que os hematomas foram visualizados pela polícia, principalmente na região do glúteo. O homem pode responder por vários delitos, desde lesão corporal até por maus-tratos. No entanto, o possível indiciamento será realizado somente após a escuta especializada do menino.
O caso gerou indignação da família paterna da criança. O advogado Armando Gracioli deve atuar como defensor do pai e pede punição do agressor e da mãe da criança. A questão da guarda deve ser discutida judicialmente.
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