Fevereiro ainda nem terminou e já supera em cinco vezes o número de mortes por Covid de janeiro, em Apucarana. Levantamento feito pela Tribuna junto aos boletins divulgados diariamente pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS) aponta 30 mortes em fevereiro contra seis no mês passado. E a maior parte das pessoas que morreram estavam com a imunização incompleta. Em contrapartida, os casos diagnosticados que estavam altos em janeiro (8.675), dão sinais de queda. Até sexta-feira (25) o município somava 5.507 casos positivos em fevereiro.
Os números levam em consideração os dois óbitos registrados nesta sexta-feira: uma mulher de 69 anos que havia tomado uma dose da vacina e uma um homem de 65 anos, com registro de duas doses. Das mortes registradas neste mês, são 20 homens com idades entre 55 e 90 anos, e dez mulheres na faixa etária entre 5 e 83 anos. Conforme a AMS, oito pacientes (26,6%) não apresentavam registro de vacina, ou seja, não tomaram nenhuma dose do imunizante, nove (30%) tinham o esquema vacinal completo e treze (43,3%) estavam com a imunização incompleta.
Ainda segundo os boletins da AMS, 25 pacientes que faleceram por Covid tinham comorbidades, o que corresponde a 83% do total. Das doenças informadas pela autarquia, as que mais apareceram nos relatórios dos pacientes foram Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Melittus, sendo que em algumas situações elas estavam associadas a mesma pessoa.
O secretário Municipal de Saúde, Emídio Bachiega, considera o aumento de mortes neste mês um reflexo do número expressivo de casos diagnosticados no mês passado. Bachiega compara que em dezembro Apucarana registrou 75 casos e três mortes pela doença. Segundo ele, a autarquia vem acompanhando a evolução dos casos e das mortes na cidade e percebe que grande parte das pessoas que faleceram em decorrência da Covid não tomaram a dose de reforço e tinham alguma comorbidade.
Bachiega reitera que a vacinação ainda é a melhor maneira de combater a doença. “Temos trabalhado a questão da vacinação. O prefeito também sempre destaca isso nas transmissões ao vivo pela internet, pedindo para população se vacinar, porque é muito importante”, afirma.
Além da imunização, o secretário reforça o pedido para a população continuar se protegendo contra a doença, principalmente durante o feriado de carnaval. De acordo com ele, o feriado prolongado traz a preocupação de que os casos aumentem ainda mais por conta dos eventos e reuniões familiares. “É importante que a população continue usando máscara, mantenha a higienização das mãos e evite aglomeração. Sabemos que os eventos estão liberados, mas é preciso manter todos os cuidados”, ressalta.
Por, Cindy Santos
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