Novos dados da Pesquisa de Registros Civis divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que Apucarana registrou quase um empate entre casamentos e divórcios em 2022. Segundo o levantamento, 531 casamentos foram registrados naquele ano na cidade, quando ocorreu o censo. Por outro lado, foram 524 divórcios. A diferença foi de apenas 7 registros.
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A taxa de nupcialidade de Apucarana, segundo o IBGE, ficou em 5,03 para cada mil habitantes, enquanto a taxa de divórcio em 0,89.
Em Arapongas, a situação é bem diferente. Foram 653 casamentos e 434 divórcios, uma diferença de 219 registros. A taxa de nupcialidade foi de 6,77 na cidade e a de divórcio é de 0,7.
O Brasil registrou 970 mil casamentos e 420 mil divórcios de 2022. Já o Paraná registrou 24.174 divórcios em 2022, 488 a mais em comparação com o mesmo período de 2021.
O índice nacional de casamentos é de 6 a cada mil habitantes de 15 anos ou mais (a idade legal para casar começa a partir de 16). Já o de divórcio é de 2,5 a cada mil habitantes.
As duas cidades mais casamenteiras do Brasil estão no Pará. São os municípios com a maior taxa de nupcialidade, ou seja, o maior índice de casamentos a cada mil habitantes: Sapucaia (111 casamentos a cada mil habitantes) e Abel Figueiredo (71 casamentos a cada mil habitantes).
Já as cidades com maiores taxas de divórcio estão no Paraná: Ivatuba (7 divórcios a cada mil habitantes) e Iracema do Oeste (6 divórcios a cada mil habitantes).
DADOS NACIONAIS
A pesquisa mostra que, em 2022, houve 970 mil casamentos civis realizados em cartórios de registro civil de pessoas naturais, um aumento de 4,0% em relação a 2021. Todas as regiões tiveram aumento, com destaque para o Sul, que apresentou acréscimo de 9,5%.
Do total, apenas 1,1% (11 mil) foram casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Esse número, entretanto, é 19,8% maior que em 2021 (9,2 mil) e representa o recorde da série, desde 2013, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) impediu que cartórios se recusassem celebrar casamento entre pessoas do mesmo sexo. Desses 11 mil, a maioria (60,2%) foi entre cônjuges femininos.
“Desde 2015, o número de casamentos vem apresentando tendência de queda. Houve um decréscimo ainda mais expressivo entre 2019 e 2020, com estreita relação com o cenário de pandemia e as orientações sanitárias de distanciamento social”, explica Klívia, que complementa: “Mesmo com o crescimento em 2021 e 2022, o número de registros de casamentos não superou a média dos cinco anos anteriores à pandemia (2015 a 2019)”. O mês de dezembro foi o de maior número de registros (101,7 mil) enquanto fevereiro (63,3 mil) teve a menor quantidade.
Em 2022, as Estatísticas do Registro Civil contabilizaram 420 mil divórcios concedidos em 1ª instância ou realizados por escrituras extrajudiciais, um aumento de 8,6% em relação ao total de 2021 (386,8 mil). Entre as regiões, Centro-Oeste e Nordeste apresentaram a maior variação, de 26,5% e 14,0%, respectivamente. Em média, os homens se divorciaram em idades mais avançadas (44) que as mulheres (41).
Os divórcios judiciais concedidos em 1ª instância corresponderam a 81,1% dos divórcios do País. Na análise desse tipo de divórcio segundo o arranjo familiar, a maior proporção das dissoluções ocorreu entre as famílias constituídas somente com filhos menores de idade, atingindo 47,0% em 2022.
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