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Número de alunos em tempo integral na rede estadual cresce 168%

Doze colégios estaduais do NRE de Apucarana ofertam a modalidade, com mais de 2,2 mil alunos matriculados em 2023

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.03.2023, 08:41:39 Editado em 05.03.2023, 08:41:27
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O número de alunos matriculados na educação em tempo integral na rede estadual de ensino aumentou 168% na área do Núcleo Regional de Educação (NRE), de Apucarana, nos últimos três anos letivos. São 2.247 estudantes na modalidade em 2023 contra 836 em 2021.

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O NRE de Apucarana tem hoje 12 colégios estaduais de oito municípios em tempo integral – metade dos 16 municípios de sua abrangência. São três escolas em Apucarana, três em Jandaia do Sul, uma em Arapongas, uma Borrazópolis, uma em Faxinal, uma em Kaloré, uma em Marilândia do Sul e uma em Marumbi. Em 2021, eram apenas três estabelecimentos de ensino de três municípios: Apucarana, Jandaia do Sul e Marumbi.

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Nessa modalidade de ensino, os estudantes passam nove horas por dia no colégio. São nove aulas diárias de 50 minutos, uma hora de almoço e dois intervalos de 15 minutos, um pela manhã e outro à tarde. Durante esse período, os alunos recebem cinco refeições.

Dos 12 colégios estaduais da região, quatro passaram a ofertar em 2023 o tempo integral também no ensino médio (Paraná Integral): Antônio Três Reis de Oliveira (Apucarana), Ivanilde Noronha (Arapongas), Érico Veríssimo (Faxinal) e Rui Barbosa (Jandaia do Sul). Nos demais, a modalidade ocorre nos anos finais do ensino fundamental (Integral +).

A professora Rosana Cavalheiro Ortiz, diretora do Antônio dos Três Reis de Oliveira, afirma que a recepção ao novo modelo vem sendo positiva entre os alunos. São 92 estudantes no ensino médio e 321 no fundamental. Toda escola agora funciona no regime de educação integral.

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Ela reconhece que no período de matrículas muitos alunos deixaram a escola porque não queriam aderir ao tempo integral. No entanto, aqueles que ficaram não se arrependeram. “A aceitação dos alunos do ensino médio é surpreendente. Passei por todas as salas de aula e eles foram unânimes em aprovar a modalidade”, assinala a diretora.

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Ela afirma que no ensino médio integral os estudantes têm mais autonomia para estudar, além do currículo prever inúmeras disciplinas diferenciadas para a formação, desde robótica, práticas experimentais, corresponsabilidade, estudos orientados até mentoria. Outra novidade é a possibilidade de o aluno escolher, juntamente com o professor, uma área de estudo de sua preferência para aprofundar o conhecimento.

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Para atender ao novo ensino médio integral, o colégio ganhou inúmeros laboratórios. Nestes espaços, os alunos participam de atividades práticas para complementar a formação em sala de aula. “Estou confiante no sucesso desse modelo”, completa a diretora.


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Em Ivaiporã

No Núcleo Regional de Educação (NRE), de Ivaiporã, o número de escolas com educação integral também aumentou. Em 2021, a modalidade era ofertada em apenas uma escola. Neste ano letivo, são nove colégios atendidos: Arthur de Azevedo (São João do Ivaí); Barão do Cerro Azul e Bento Mossurunga (Ivaiporã); Carlos Silva (São Pedro do Ivaí); Comendador Geremias Lunardelli (Grandes Rios); Cristóvão Colombo (Jardim Alegre), Dom Pedro I (Lidianópolis); Geremia Lunardelli (Lunardelli) e José Siqueira Rosas (Rosário do Ivaí).


Realidade dos alunos é transformada

Para Marcela de Campos, diretora do Colégio Estadual Érico Veríssimo, de Faxinal, o ensino em tempo integral transforma a realidade dos estudantes. Ela conta a história de um aluno que chegou a trocar de turno para poder estudar à noite e trabalhar durante o dia, mas que retornou à escola porque o salário que recebia acabava sendo menor que a economia da família com a alimentação, já que ele fazia todas as refeições no colégio.

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“Esse aluno nos motivou porque ele avançou não só estando na escola, mas também evoluiu academicamente. Ele mudou sua vida e também os nossos olhares”, explicou Marcela. “Começamos no ano passado com algumas turmas, no Integral +, e agora todas estão inseridas na modalidade, pois passamos para o Paraná Integral. É um grande desafio, viramos a chave total, mas com mais investimentos e também com a verba do Escola Bonita, estamos prontos para avançar. A história de cada aluno nos motiva a cada dia seguir em frente”.

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Ao todo, a carga horária da matriz curricular é de 45 horas-aula semanais, ou 1.500 ao longo do ano, quase o dobro do ensino fundamental regular (800) e 50% superior à do novo ensino médio (1.000). Além das disciplinas da Base Nacional Comum Curricular, os alunos do ensino fundamental têm aulas de robótica, educação financeira, redação e leitura, pensamento lógico, projeto de vida, entre outras.

Com o Novo Ensino Médio, que passou a valer no último ano letivo, o currículo é formado pela Formação Geral Básica, dividida em quatro áreas de conhecimento, e pelos Itinerários Formativos, em que o aluno escolhe uma área em que tenha mais interesse e aptidão. Na modalidade, as disciplinas também seguem a área escolhida pelos alunos.

Nas escolas do Paraná Integral, a jornada ampliada também é aplicada ao professor, que cumpre todas as 40 horas semanais na instituição. Na prática, os docentes contam com mais tempo para planejar as aulas e criar estratégias interdisciplinares. (Agência Estadual de Notícias)


*Por Fernando Klein, colaboração Lis Kato.

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