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Um dos alvos presos na operação de combate ao tráfico de drogas, deflagrada nesta terça-feira (20) pela Polícia Civil de Apucarana (PR), administrava um laboratório de cocaína na cidade. Segundo informações do delegado-adjunto André Garcia da 17ª Subdivisão Policial (SDP), a mulher é natural de Minas Gerais e morou em Apucarana no final de 2023.
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Ainda conforme o delegado, a mulher voltou a morar no estado mineiro, entretanto foi identificada como fornecedora do entorpecente e tornou-se um dos alvos da Operação Kafka, sendo presa na manhã desta terça-feira (20). No total, 17 pessoas foram detidas mediante cumprimento de mandado judicial, na ação que mirou fornecedores de drogas para traficantes da cidade.
Segundo Garcia, a ação policial contou com 110 policiais que cumpriram 27 mandados de busca e apreensão, incluindo em Uberlândia (MG), e 20 mandados de prisão, com 17 pessoas presas por crimes de tráfico de drogas, associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo. "Em que pese na data de hoje (terça-feira) não ter sido apreendida uma quantidade significativa de drogas, ao longo da investigação, sim. Desde o começo das investigações houve um número bastante expressivo de apreensões de todas as drogas, como maconha, crack, cocaína, drogas sintéticas, o skunk, que é uma novidade aqui na nossa região, haxixe, enfim, dinheiro apreendido, veículo, arma de fogo. Foi uma operação bastante importante. Nós acreditamos que isso servirá como um duro golpe contra o narcotráfico aqui na cidade de Apucarana", informou o delegado
Além dos entorpecentes um veículo Chevrolet Cruze também foi confiscado por associação com o crime. A quantidade de drogas não foi divulgada. Investigações do setor de narcóticos da Polícia Civil iniciadas no começo deste ano apontam que as drogas derivadas da cocaína comercializadas em Apucarana têm como origem o Peru e a Colômbia.
Pelo menos dois grandes fornecedores, que estavam trazendo drogas para Apucarana, foram identificados pela polícia durante a investigação. "Nós sabemos que essa droga era produzida no Peru e na Colômbia, até porque toda droga derivada da cocaína é produzida na Amazônia andina. Não sabemos exatamente por onde essa droga entrou, mas que nossos investigados vinham da região de fronteira, onde adquiriram as drogas, muitas vezes, trocando por veículos furtados ou roubados, e traziam para Apucarana, onde elas eram comercializadas. Além dos dois grandes fornecedores, outro traficante servia como espécie de hub, que recebia e distribuía para outros traficantes. Nessa investigação, não há venda para usuário, mas de traficante para traficante", completou Garcia.
OPERAÇÃO
Durante a operação, um helicóptero sobrevoou bairros da região norte do município, como o Núcleo Habitacional Afonso Camargo, Parque Bela Vista, Jardim Ponta Grossa, Vila Regina, além da região central.
"Essa operação tinha por finalidade combater e reprimir a prática de crimes previstos na lei de drogas, mais precisamente o crime de tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas. A investigação se voltava também a combater o comércio irregular de arma de fogo, bem como também a posse porte irregular de arma de fogo. A operação tinha 27 alvos. A maior parte dos alvos era de Apucarana, mas também tinha alvos em outras cidades aqui da nossa região, como Marilândia do Sul, Mauá da Serra e Califórnia", informou o delegado Marcus Felipe. Segundo ele, ação contou com apoio de policiais civis de Cornélio Procópio, Maringá, Londrina, Arapongas e de todas comarcas do Vale do Ivaí.
Segundo ele, a Polícia Civil está atenta ao crime de tráfico de drogas na nossa região. "A investigação foi conduzida pelo delegado André Garcia, com apoio do delegado operacional (Ricardo Toledo), com os policiais do setor de narcótico", pontua.
A Operação Kafka foi batizada com este nome em referência ao escritor Franz Kafka.
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