O Ministério Público vai recorrer ao Tribunal de Justiça do Paraná contra a sentença de 20 anos de prisão dada ao homem que matou a esposa, Maria Helena Bispo Carvalho, de 28 anos, que era manicure em Apucarana. O crime foi em setembro de 2019 e o corpo da mulher só foi encontrado em maio de 2020, jogado em um poço. O réu condenado, Thomaz Oliveira de Mello, já cumpre sentença por outro crime, uma tentativa de feminicídio, em Santa Catarina.
O promotor Eduardo Cabrini já se manifestou, através de petição, ainda nos autos do processo, informando que pretende recorrer. O Ministério Público, no entanto, ainda aguarda a chegada do processo, nos próximos dias, para apresentar as razões para o recurso ao Tribunal de Justiça, na tentativa de ampliar a pena ao réu.
Por ocasião do julgamento do réu, Thomaz Oliveira de Mello, nodia 23 de junho, o promotor Eduardo Cabrini já havia se manifestado no sentido de que esperava uma pena maior que os 20 anos da sentença ao assassino de Maria Helena. O promotor insiste na tese de que o homicídio é triplamente qualificado, tratando-se de um feminicídio, por motivo fútil e por asfixia, além da ocultação de cadáver. O promotor afirmava que pretendia uma pena mínima de 22 anos ao réu. Vale lembrar, o réu cumpre uma sentença de 11 anos de prisão, por uma tentativa de feminicídio, ocorrida em Santa Catarina.
RELEMBRE O CASO
O assassinato de Maria Helena é um dos casos mais dramáticos ocorridos em Apucarana, em 2019. O julgamento de Thomaz de Mello estava marcado para maio, mas foi adiado para junho, a pedido da defesa, que fez questão da presença do réu no julgamento. Ele se encontra preso em Santa Catarina, desde 2020.
O júri foi realizado em 23 de junho, com Thomaz sendo condenado a 20 anos de prisão em regime fechado.
O crime aconteceu em setembro de 2019. Por meses, familiares e amigos ficaram sem saber o que havia acontecido com Maria Helena, vista pela última vez em 11 de setembro.
Ela havia sumido e o marido, principal suspeito, fugiu poucos dias depois. O corpo da manicure só foi encontrado oito meses depois, em maio de 2020, dentro de um poço.
O local onde o corpo foi jogado só foi revelado dois meses depois que o marido foi localizado e preso, em Santa Catarina, já morando com outra mulher, em março de 2020.
Thomaz matou Maria Helena no dia 11 de setembro de 2019 e jogou o corpo dela em um poço, numa chácara localizada no Recanto Belvedere.
Até a elucidação do crime, amigos e familiares viviam o drama o desaparecimento da mulher. O casal morava num apartamento na região do Lago Jaboti, com duas crianças.
Thomaz foi encontrado em São Francisco do Sul, Santa Catarina. Ela já estava morando com outra mulher, que passou a suspeitar dele. Uma pesquisa pela internet teria revelado a condição dele, de foragido e suspeito de homicídio, quando a mulher decidiu chamar a polícia.
Segundo as investigações do caso Maria Helena, na noite de 11 de setembro de 2019, o casal teve uma discussão e desde então, ela não mais foi vista. Imagens de segurança do prédio onde o casal vivia revelaram que, no dia 12, durante a madrugada, Thomaz saiu com seu veículo e retornou a pé. Ele teria deixado o carro na rua lateral do prédio. Ao amanhecer, o suspeito saiu com a filha de três anos e com o filho de Maria Helena, um menino de oito anos.
As gravações também revelaram que ele volta para o prédio sozinho. O que chama atenção é que entre os dias 13 e 14, ele vende alguns móveis do apartamento. No dia 15 ele sai com duas malas e desaparece.
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