Com oito anos, praticamente o início da terceira idade canina, Boni iniciou uma nova etapa da vida. A cachorra de três patas sem raça definida foi ‘contratada’ para ser uma promotora de felicidade e trabalha no lugar certo para isso: o Ministério Público de Apucarana.
A cachorra foi adotada no mês passado para viver sob a guarda coletiva dos promotores e servidores do MP onde circula livremente e hoje tem até Instagram. A página apresenta o nome completo da cachorrinha, nomeada apropriadamente de Boni Iuris, do latim bom direito.
Antes de ganhar morada no MP, Boni passou por maus bocados. Foi atropelada, abandonada e teve a pata amputada. A ideia de adotar a cachorra partiu do promotor Eduardo Cabrini, que é apaixonado por animais.
“A minha esposa acompanha o trabalho da Soprap (Sociedade Protetora dos Animais de Apucarana) e vendo as histórias de resgate comentou sobre a Boni. Conversei com os colegas, lembrando que a Delegacia da Mulher já tem uma mascote, todos os promotores e servidores abraçaram a ideia e adotamos a Boni”, detalha.
A dona original da Boni faleceu em maio e deixou uma pessoa responsável pelo animal. Porém, após acidente ela foi abandonada e resgatada pela Soprap.
“Ela sofreu também fraturas de pelve. A veterinária não acreditava que Boni sobreviveria ou se ela voltaria a andar. Depois que saiu da clínica, a Soprap fez um excelente trabalho de recuperação. A Boni é a alegria da promotoria, tornou o ambiente mais harmonioso. Ela recebe cada promotor e servidor quando chegam para trabalhar, faz uma festa e deixa a gente muito feliz. É recompensador, adote, tire da rua”, disse Cabrini.
A coordenadora do Ministério Público, promotora Fernanda Lacerda Trevisan Silvério, contou que o nome da Boni foi escolhido através de uma votação. “Fizemos a votação e acreditamos que ela está muito contente, foi muito fácil essa adaptação, e todo mundo está muito feliz com ela”, conta.
Para determinar os cuidados diários com o animal, existe um quadro de tarefas no MP, onde promotores e servidores se dividem para dar comida, água e retirar o lixo. Nos finais de semana, a cachorra faz companhia aos vigias do prédio.
“A Boni alegra nosso dia, recebe a gente no carro, ou na porta de entrada. A Boni sobe na nossa sala de trabalho, ficamos contentes com a presença dela, a produtividade aumentou com a presença de um bichinho. Ficamos felizes de poder ajudar um animal que foi abandonado, passou por várias situações e agora só traz alegria”, enfatiza a servidora Claudia Ballan.
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(Texto, Sílvia Vilarinho e Adriana Savick)
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